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Mensagens

A mostrar mensagens de agosto, 2013

The Marriage Plot

Gosto muito dos outros dois livros do Eugenides e este estava barato quando, há coisa de um ano, precisava de portes grátis ao mandar vir livros para a malfadada tese. Para minha tristeza, e ao contrário do que o título dá a entender, este livro não é sobre golpes do baú. Mais que isso, ironicamente, o livro começa por falar da tese da protagonista, Madeleine Hanna, English major , ou, melhor, dos seus livros, organizados por autor e  "arranged not by title but date of publication" . Olha, um livro sobre livros. Mas portanto,  The Marriage Plot é não só o título deste livro, como também da tese dela, que trata do facto de os livros da época vitoriana e da regência acabarem em casamentos, terem como "objectivo" do seu enredo o casamento. Claro que este é todo um indício de uma vida amorosa mal resolvida: Madeleine está interessada num tipo arrogante e pseudo-intelectual da sua aula de Semiótica que mal conhece, Leonard, bipolar, com problemas sérios de hi

Collins Classics

Em minha defesa, tinha um vale de 5€ para gastar.

Madame Bovary

Este tinha-me sido já recomendado por várias pessoas. Peguei-lhe finalmente por ser group read de um dos vários grupos no Goodreads aos quais pertenço mas nos quais não participo. A minha primeira (e única, até agora) experiência com o Flaubert foi um conto, também em português, sobre uma empregada e um papagaio. Embora tal conto tivesse como objectivo enaltecer a simplicidade da empregada (ou é o que retiro do título,  Un coeur simple ), a relação dela com o papagaio roçava a bestialidade, pelo que não sabia bem o que esperar desta obra. Um dos motivos que me fez não querer ler este livro antes foi o facto de ser uma tradução em português (como todos os livros nesta casa que não me pertencem). Não gosto de ler traduções em português, não só porque são bem mais caras que traduções inglesas mas porque, pior ainda, fico sempre com a sensação que só temos tradutores bimbos, tanto pela forma raramente apelativa da prosa como pelas palavras utilizadas*. À quinta página este meu rec

English as She Is Spoke

Século XIX. Pedro Carolino, não sabendo falar inglês, decidiu escrever um phrasebook nessa mesma língua. Como bom português, o Pedro era claramente adepto do desenrascanço: pegou num livro português-francês legítimo, de um tal José da Fonseca (que não tem mais nada a ver com este livro, mas que é ainda assim creditado como co-autor), e num dicionário francês-inglês. Daqui saiu um clássico do humor não-intencional, todo um legado de piadas de ignorância linguística, e quiçá a causa dos fracos conhecimentos de inglês de toda uma Nação: Alegadamente, o Mark Twain, que tinha um óptimo sentido de humor, gostava muito deste livro: Nobody can add to the absurdity of this book, nobody can imitate it successfully, nobody can hope to produce its fellow; it is perfect, it must and will stand alone: its immortality is secure.  É um livro dividido em várias partes: vocabulário, frases comuns, diálogos úteis (corridas de cavalos, estudos de francês, idas ao alfaiate, passeios na cidade), an

How to Be Good

Fazendo uma pausa nos clássicos, escolhi aquele que, segundo ratings no Goodreads, parece ser o pior dos livros do Nick Hornby. Não foi este o motivo da escolha; acho que foi o amarelo que me chamou a atenção (se bem que por essa lógica teria escolhido um da Penguin): Não acontece muita coisa neste livro. Mulher está farta do marido, arranja não sabe bem como um amante, quer um divórcio, marido muda de atitude e tenta ser boa pessoa e non-judgemental e tenta obrigar os vizinhos a adoptar miúdos sem-abrigo, pondera convencer pessoas a doar todo o dinheiro que ganhem que fique acima do salário mínimo. Tudo isto por ser melhor amigo de um curandeiro pseudo-hippie que se chama DJ GOODNEWS. Pior nome de sempre? Sim.  Apesar de ter preferido o About a Boy e o High Fidelity (os únicos outros livros do Nick Hornby que li), este tem partes com piada. Por exemplo: ‘I try to survive without things that not everybody has,’ says GoodNews. ‘I’m not joining in until everyone’s got e