Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de outubro, 2014

Night

Continuando nos non-fiction . Após ler o Man's Search for Meaning , que é um livro que tenho na minha mesa de cabeceira e que me faz pensar muito, fiquei com vontade de ler mais memórias do Holocausto, embora saiba que, obviamente, não são todas "iguais", e que o Frankl me inspirou por motivos muito diversos. No entanto, dei por mim a relacionar ambos os livros logo na introdução: There are those who tell me that I survived in order to write this text. I am not convinced. I don't know how I survived; I was weak, rather shy; I did nothing to save myself. A miracle? Certainly not. If heaven could or would perform a miracle for me, why not for others more deserving than myself? It was nothing more than chance. However, having survived, I needed to give some meaning to my survival. Was it to protect that meaning that I set to paper an experience in which nothing made any sense? A procura de significado, a ideia de sobreviver sob o propósito de escrever sobr

Running with Scissors

Há um livro do Douglas Coupland que nunca li, mas que gostaria de ler um dia, que se chama All Families Are Psychotic . Esta certamente era-o.   Estive a ler um bocado sobre o livro após o ler, e esta é daquelas memoirs  em que se mudaram nomes e houve problemas legais e tudo isso. Não costumo ler muitas obras não-ficcionais, mas parece que é relativamente comum alguém reclamar pela forma como é exposto neste tipo de livro. Neste caso, isso não é exactamente surpreendente: o livro tem partes profundamente perturbadoras e mesmo dolorosas de ler. Augusten (que na vida real se chamava Christopher, mas adiante) cresce com pais que se odeiam - uma mãe que quer ser conhecida pelos seus poemas e tem um claro distúrbio, e um pai professor alcoólico, que se envolvem frequentemente em disputas verbais que atingem o físico. Havia um irmão mais velho que já não vivia com eles, sobre o qual Augusten diz, mais tarde, I envied his lack of emotional ties. I felt pulled by everyone at ev

The Passion of New Eve

Li o The Bloody Chamber  há dois anos e achei um livro incrível. Quando vi todo um conjunto de livros da Angela Carter à venda por um preço baixo no eBay, tive de aproveitar. Em 2007 li o Orlando , da Virginia Woolf, que é um livro que achei um bocado aborrecido, mas que se calhar não tinha a maturidade para compreender; aqui, como no Orlando , um homem transforma-se numa mulher. Este é muito provavelmente o livro mais bizarro que eu já li, e eu leio muita coisa estranha. Às vezes, vá. Evelyn (um homem, como o Waugh), britânico, é-nos apresentado desde o início como misógino, esquecendo-se dos nomes das mulheres com quem se envolve, tendo uma certa obsessão desde criança com uma actriz de filmes mudos, Tristessa St Ange, a mulher perfeita, a representação de tudo o que é feminino, uma personagem que objectifica, que perde encanto quando mostra um lado mais humano. Acontece mesmo, mesmo muita coisa neste livro. Evelyn vai para NY para ser professor universitário, num mundo