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preenchendo a estante

Alguns livros que recebi antes de vir para Paris (este blog anda com um atraso horroroso, pior do que o atraso crónico habitual, e peço desculpa).


Gostava de arranjar um nome mais "coeso" para este tipo de posts. Sugestões?

Da Bertrand, veio A Economia Mais Forte do Mundo, de Joseph Stiglitz. Para quem não sabe, tenho um mestrado na área de economia (mais especificamente, economia do desenvolvimento), e Stiglitz é um nome incontornável, com o qual já estava familiarizada (e de quem realmente gosto, ao contrário do Jeffrey Sachs). Este livro fala na desigualdade económica que se vive nos Estados Unidos, e de como esta é incontornável e gravíssima - e de como é, na verdade, uma escolha. Já peguei nele e está, até agora, a ser muito interessante.

De Raul Brandão (autor de quem o meu amor não gostou particularmente), El-Rei Junot, que tem uma daquelas capas maravilhosas da Guerra e Paz. Fiquei com curiosidade relativamente a este livro por dois motivos: primeiro, o facto de ser citado no livro de Nuno Severiano Teixeira sobre a História Militar de Portugal (fala das invasões napoleónicas!); segundo, ter calhado por mero acaso neste artigo da Visão de há alguns anos:

Raul Brandão conta no livro El-Rei Junot, citado por Sara Marques Pereira na biografia D. Carlota Joaquina – Rainha de Portugal, uma história que demonstra a que ponto o casal real se incompatibilizou: "O príncipe regente [D. João VI] bota a cabeça de fora e, ao avistar a carruagem de Carlota Joaquina, berra num desespero: – Parem! Parem! Voltem para trás que aí vem a p...!"

Acrescento que toda a curta série de artigos da Visão é extremamente interessante.

Da Chiado Editora, veio Os Vampiros do Norte, de João Carlos Pinto. Gosto como a Chiado Editora tenta lançar nomes novos, como já mencionei antes; e gostei da sinopse deste livro, que se afirma como sátira política:

(...) Trigo Roxo, o inspetor daPJ mais temido pelos criminosos nacionais, multinacionais, espirituais e galácticos. A trama principal começa com a perseguição a um vampiro made in Portugal e termina com o resgate de escravos portugueses da barbárie perpetrada por pérfidos e sanguinários vampiros do norte, nos alpes da Baviera (...)

Por último, A Casa do Futuro, de Margarida Louro e Camila Martinho, é um livro que já li; podem encontrar a minha opinião aqui.

Algumas destas obras vieram comigo para Paris, e julgo pegar-lhes em breve.

Comentários

  1. Isto lembra-me que tenho urgentemente de investir em alguns livros! Boas escolhas :) Beijinhos*

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    1. obrigada! :) livros são sempre um bom investimento :) beijinhos!

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  2. Gostei Ba, como já disse num outro post gosto quando mostras esta faceta, mais própria
    Em relação ao Raul Brandão só li um livro e de facto houve coisas que me irritaram mas isso só me faz mais querer outra obra dele para confirmar se é um autor mesmo que não gosto ou se merece outra oportunidade
    E por isso se depois de leres El-Rei Junot me quiseres emprestar ficaria muito grato :p

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    1. Gosto também da variedade de temas entre os livros mencionados :p
      Em relação ao título parece-me bastante bem por acaso mas percebo a tua questão, posto tudo isto, gosto muito do teu blogue!

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    2. tento sempre mostrar o meu lado próprio :$ mesmo em reviews :$$$
      emprestarei claro, vamos é ver como corre comigo essa leitura :p
      oh, é porque queria harmonizar a coisa :o fazer posts mensais talvez? :$ e dar-lhes sempre um título parecido para ficar coeso :p
      muito obrigada :$

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    3. Obrigado Babé!
      Segue o teu instinto :p

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  3. pensei que já tinha lido Stiglitz mas quando fui fazer a busca aos livros de análise económica (são ebooks, pois economia, política, filosofia e história que por norma são alvo de buscas sobre ideias não ficcionadas prefiro que não ocupem espaço físico em casa, mas que estejam sempre acessíveis a mim) vi que sobre desigualdade tinha era o grande livro de Piketty e sobre a economia americana era Robert Reich.
    Raul é um mestre de escrita, o livro que li dele Húmus é uma pérola de filosofia e da arte de bem escrever e tão difícil quanto vale o seu saber, mesmo assim gostei muito.

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    1. Carlos, percebo bem essa opção do espaço físico :) pessoalmente, preciso de ter um livro físico quando o quero estudar e consultar... nada para mim substitui papel e lapiseira! Recomendo bastante Stiglitz. Também gosto de William Easterly, do Gerard Roland e do Amartya Sen. Esses dois autores nunca li, talvez dada a vertente da economia que abordei mais nos meus estudos.
      Já li muito sobre Húmus, e as opiniões são, em geral, consensuais nesse sentido. Tenho muita curiosidade quanto ao autor!

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