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Girl, Interrupted

Já li este há uns dias, mas pronto, prioridades.


Suponho que a maioria das pessoas já tenha visto o filme (novamente, eu não), pelo que suponho que a maioria das pessoas saiba também que este livro é uma espécie de auto-biografia da autora, relativamente aos quase dois anos em que esteve internada numa instituição psiquiátrica (no mesmo sítio onde esteve a Sylvia Plath, o Robert Lowell, e outros).

Susanna Kaysen relata como o mundo a via e às suas colegas de instituição, e como a grande questão era sempre "será que isso me pode acontecer?", "é contagioso?", o que, acho, infelizmente não mudou muito. 

Was I ever crazy? Maybe. Or maybe life is… Crazy isn’t being broken or swallowing a dark secret. It’s you or me amplified. 

Relata também momentos e experiências vários, nos quais sabia que não estava a fazer a coisa certa, a reagir da forma certa, mas não sabia o que fazer: obcecar com chão quadriculado, tentar arrancar a pele da mão para se certificar que tinha ossos por baixo. Fala também de eventos das vidas das suas colegas, sociopatas, deprimidas, esquizofrénicas.

A narrativa não é linear ou definida, são vários capítulos curtos sobre uma jovem de 18 anos infeliz a sentir-se excluída do mundo, e, nesse sentido, é uma leitura interessante, mas também relatable.

Actually, it was only part of myself I wanted to kill: the part that wanted to kill herself, that dragged me into the suicide debate and made every window, kitchen implement, and subway station a rehearsal for tragedy.

E especialmente para todos que já tiveram de escrever uma tese:

My motives were weak: an American-history paper I didn’t want to write and the question I’d asked months earlier, Why not kill myself? Dead, I wouldn’t have to write the paper.

4/5

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