O desafio para Outubro era ler um livro gótico, ou de terror. Peguei, então, neste clássico gótico, que residia há anos na estante, devido à sua dimensão, em parte, e a algum desinteresse recente quando a vitorianos (após ter lido vários dos mais populares). Foi, ainda assim, uma surpresa quando percebi aquilo que tinha aqui por ler: um percursor do género do mistério. Este é um livro narrado por vários narradores diferentes, com vários intervenientes da história a juntar a sua peça do puzzle, o seu testemunho, sendo aquele que inicia e termina a história Walter Hartright. Walter é um professor de desenho que, graças a um amigo de origem italiana, cuja vida terá salvado, encontra uma posição numa casa remota em Cumberland, enquanto tutor de duas jovens raparigas órfãs de alta sociedade. Este contexto orientou-me logo na direcção errada da história - a mansão remota, meio vazia... - e isso foi uma agradável surpresa. Logo nas primeiras páginas, na noite antes de rumar a Norte, encontra...