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A mostrar mensagens de 2017

Librairie Jousseaume

Um pequeno tesouro num dos espaços mais bonitos de Paris. Descobri esta livraria meio por acaso. Encontrei-me com uma prima minha, que não via desde 2005 e que está a viver em Paris há um ano - achei que seria a ocasião ideal para reatar relações. A certa altura ela sugeriu-me irmos à Galerie Vivienne, um sítio muito bonito e muito perto.   Em 2015 eu já tinha querido ir à Galerie Vivienne: é uma das passages couvertes de Paris, pequenas galerias comerciais que também funcionam como túneis ou passagens secretas entre algumas ruas ou bairros. Constava que a Galerie Vivienne seria a mais bonita. Não consegui ir, porque na altura o melhor companheiro e eu demos umas voltas erradas e, quando chegámos, o acesso à Galerie estava já fechado (era de noite).   É lindíssima. Num canto, vi uma livraria de livros antigos: a Librairie Jousseaume. Folheei um livro do André Malraux (mas não comprei). Fundada em 1826, a livraria mantém o seu aspecto clássico, algo possivelmente ace

The Birds and other stories

Li este livro para o projecto Outubro Gótico, da Catarina . Só isto já adianta o quão atrasada está esta opinião, certo? Este livro é um conjunto de contos, com o qual estava curiosa há vários anos - primeiro, porque vi o filme do Hitchcock há vários anos - tantos que não me lembro exactamente do filme; segundo, porque em 2013 li o Rebecca , há cerca de um ano li o My Cousin Rachel , e simplesmente adoro Daphne du Maurier. Esta edição tem um prefácio, já agora, sobre a forma como alguns livros de Daphne du Maurier foram adaptados para o cinema, e alguns comentários e críticas sobre essas adaptações e as diferenças consequentes das mesmas - é um prefácio que vale a pena ler, e confesso que esta não é uma frase que eu diga muitas vezes. Não gosto de prefácios. O nome original deste livro seria The Apple Tree , mas com a popularidade do filme foi reeditado com o destaque aos Pássaros . Sendo um livro de contos, vou falar deles, um a um. The Birds Suponho que a ma

novidades de Novembro

Apesar de ainda estar em França, tenho estado atenta às edições em Portugal. E aqui tenho três novidades que não podia perder: Lápides Partidas , de Aquilino Ribeiro. Como mencionei aqui , Aquilino Ribeiro era um autor que eu tinha na minha wishlist de Feira do Livro, e que, na altura, não trouxe; vinguei-me portanto com esta novidade da Bertrand. Libório Barradas, ainda preso às recordações tão profundamente sentidas de Santa Maria das Águias, deixa o enquadramento serrano da sua juventude e vem encontrar na Lisboa do tempo o ambiente pré-revolucionário que dois anos depois iria provocar o derrubamento da monarquia. (...) Os Loucos da Rua Mazur , de João Pinto Coelho, é o Prémio LeYa de 2017. Nunca li nada do autor, mas sei que o seu livro anterior foi finalista do mesmo prémio, portanto tenho expectativas algo elevadas. Tenho curiosidade quanto a prémios literários - tenho em casa, ainda por ler, a edição BIS do Prémio LeYa de 2011, O Teu Rosto Será o Último , de Joã

Fnac Forum des Halles

Ir à FNAC na terra que inventou a FNAC. Ora, eu sei que falar na FNAC numa cidade com livrarias tão icónicas e tão bonitas é quase crime; por outro lado, é possível vir à França, gostar de comprar livros e CDs e não pensar numa FNAC? Verdade seja dita: nunca tinha comprado livros numa FNAC francesa. Isto porque, das duas outras vezes que cá vim, só fui à FNAC dos Champs Elysées, que é algo pequena e pouco provida de livros (notem-se, no entanto, os excelentes descontos de música que sempre lá encontrei). Desta vez, até por ser a mais perto do local onde estou instalada, fui à FNAC do Forum des Halles. Les Halles costumava ser o mercado de frescos de Paris, e foi, nos anos 70, substituído por um centro comercial gigantesco e maioritariamente subterrâneo que ainda está basicamente em construção. Esta FNAC tem vários pisos, sendo que ainda não os vi todos; o -2 é onde se encontra a livraria, e só este piso é talvez do tamanho da FNAC do Colombo, em Lisboa. A livraria

Paris de Marie Antoinette

Aproveitei a minha estadia por Paris para participar de forma diferente no projecto Historiquices, d'a Miúda Geek ; a contemplada de Novembro foi Marie Antoinette. Deixo desde já aqui o link para a minha opinião sobre o livro da Antonia Fraser, Marie Antoinette: A Journey , que li em 2015 aquando da última vez que tinha vindo a Paris. Ressalvo que a edição da LeYa tem menos cerca 500 páginas (sim, leram bem, quinhentas ) que a versão original, que eu li - diria que, em português, é um livro que possivelmente não vale a pena. Há poucas personagens históricas que me fascinem tanto como esta mulher, que julgo ter sido vilificada, vítima de propaganda, vítima de misoginia - uma criança que chegou acidentalmente a um lugar de extrema importância sem preparação para o assumir, que não o soube assumir. Claro que não é totalmente inocente - entre o Hameau e os quadros vestidos de camponesa, por mais que servissem para a rainha fugir da realidade e do ódio que a rodeavam, parece u

Palais Royal

Eu não disse que ia falar mais do Richelieu? Com entrada na rue de Montpensier, praticamente do outro lado da rua do Louvre, o Palais Royal foi inicialmente criado como Palais Cardinal, a residência de Richelieu.   Tendo o Palácio sido terminado em 1639, contraria um pouco a minha teoria sobre como o Cardeal chegava mais depressa que o M. de  Tréville ao então Castelo do Louvre (dado que Les Trois Mousquetaires se passa uns quantos anos antes - talvez, à data, Richelieu habitasse na Place Royale ). Poucos anos mais tarde, aquando da morte de Richelieu, o palácio passou a ser Palais Royal, tendo-se tornado posteriormente na residência da rainha, também personagem central de Les Trois Mousquetaires , Anne de Áustria, e a casa de infância do seu filho, Louis XIV.   Hoje, funcionam no Palais Royal o Ministério da Cultura francês, o Conselho de Estado e um teatro, a Comédie Française: o palácio em si não está aberto ao público. No entanto, os seus pátios, jardins e arc