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Mensagens

A mostrar mensagens de abril, 2015

The Hunchback of Notre-Dame

Estava com saudades de ler um clássico, e peguei neste na esperança de ser o último francófono que não leio na língua original. Começando por aquilo que me parece mais relevante: o título original deste livro é, simplesmente, Notre Dame de Paris . Sem qualquer alusão a corcundas, simplesmente o nome da catedral, símbolo e monumento emblemático de Paris. A catedral é, na verdade, o elemento principal da história, cenário central, com vários capítulos dedicados à sua arquitectura, e à arquitectura em geral: But underlying this thought, the first and most simple one, no doubt, there was in our opinion another, newer one, a corollary of the first, less easy to perceive and more easy to contest, a view as philosophical and belonging no longer to the priest alone but to the savant and the artist. It was a presentiment that human thought, in changing its form, was about to change its mode of expression; that the dominant idea of each generation would no longer be written with the same

Short Stories by Hjalmar Söderberg

Prenda de aniversário daquele que é sem dúvida a pessoa mais importante e especial de sempre. Como alguns saberão, jag studerar svenska . Como eu e a pessoa mais importante acima mencionada não sabíamos, o Book Depository gosta de engrupir pessoas no que respeita à língua da edição, e vende este livro como sendo bilingue (coisa que não fez com a minha edição do Faust, que o é verdadeiramente). Mas adiante. É muito, muito difícil fazer reviews de short stories , especialmente quando o short  significa muitas vezes três páginas. A primeira história cativou-me instantaneamente, uma história de duas (!) páginas na qual um homem vai a uma tabacaria e mostra, por curiosidade ou pequeno agrado, um desenho à rapariga que lá trabalhava. Inesperadamente, esta pergunta o porquê, o significado da imagem. "Shame on you! it's real mean of you to make a fool of me like that. I know very well I'm a poor girl, and haven't been able to get myself a better education,

Dona Flor e Seus Dois Maridos

Já toda a gente sabe que sou fã do Jorge Amado. O livro começa, sem rodeios, com a morte do primeiro marido de Dona Flor, morte essa que diz logo imenso sobre a personagem: Vadinho o primeiro marido de Dona Flor, morreu num domingo de carnaval, pela manhã, quando, fantasiado de baiana, sambava num bloco, na maior animação, no Largo Dois de Julho, não longe de sua casa. Não pertencia ao bloco, acabara de nele misturar-se, em companhia de mais quatro amigos, todos com traje de baiana, e vinham de um bar no Cabeça onde o uísque correra farto à custa de um certo Moysés Alves, fazendeiro de cacau, rico e perdulário.  Vadinho era incorrigível, viciado no jogo, alcoólico e adúltero. Dona Flor sempre aceitara esses comportamentos, não sem desgosto, e apesar de tudo numa paixão intensa. Flor é uma mulher respeitável, professora de culinária numa escola de algum prestígio, Flor e Vadinho são completamente opostos e tanto amigos como família (especialmente a mãe, Rozilda, que tod