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A mostrar mensagens de junho, 2018

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Avaliação do semestre! 1. O melhor livro que você leu até agora, em 2018.  Os Armários Vazios , de Maria Judite de Carvalho. Não está a ser um ano particularmente espectacular, embora haja alguns destaques. Este é dos mais recentes que li, e só comprova que Maria Judite de Carvalho devia ser leitura obrigatória. 2. A melhor continuação que você leu até agora, em 2018. Só li duas continuações este ano, as da série Os Mauzões ; Os Mauzões - Episódio #3 , de Aaron Blabey, ganha portanto o troféu. Não costumo ler séries. 3. Algum lançamento do primeiro semestre que você ainda não leu, mas quer muito. Medusa no Palácio da Justiça ou Uma História da Violação Sexual , de Isabel Ventura. Podem ler mais sobre os meus motivos aqui . 4. O livro mais aguardado do segundo semestre. (silêncio típico de quem não acompanha particularmente lançamentos e não sabe o que vem aí) 5. O livro que mais te decepcionou esse ano. Estou a sentir-me com muita sorte, porque não me vei

The House on Mango Street

Como é crescer pobre e latina nos anos '60 nos Estados Unidos? Comprei este livro ainda em Paris, numa Boulinier , por talvez 1,50€. Ler este livro foi uma experiência maravilhosa por um motivo: as marcas de uso que trazia. Ou seja, eu, quando leio em espanhol (e às vezes francês), anoto o significado de certas palavras à margem. A anterior dona deste livro (assumindo, pela caligrafia, que era uma dona) fazia o mesmo: sublinhava algumas palavras e escrevia o seu significado em francês. Mas o livro em si é também delicioso. É uma leitura bastante rápida; Sandra Cisneros cresceu no norte de Chicago, e escreve sobre crescer nesse bairro, numa casa má, numa rua pobre. Fala sobre os seus vizinhos, as suas experiências, no tempo em que as crianças saíam de casa para brincar e só voltavam de noite, com tempo para explorar, para se magoarem. Quem já leu Os da minha rua , de Ondjaki, poderá encontrar aqui uma comparação possível. Quem mais tem nostalgia pela infância? A pr

ler os nossos

Bora lá ler mais autores portugueses? O projecto da Cláudia, ler os nossos, vai para a sua terceira edição , desta vez durante o mês de Julho.  Quem me conhece há algum tempo saberá que autores portugueses são, em grande parte, uma grande lacuna para mim - uma lacuna que quero colmatar. Eu este ano não queria exactamente meter-me em desafios literários, porque perco a paciência, porque não tenho férias e porque os desafios de Verão são enormes e eu gosto de flexibilidade nas minhas leituras, mas decidi participar neste.       Aqui fica a minha lista de livros para responder a cada desafio (novamente, podem ver mais detalhes  sobre o projecto no blog da Cláudia):  - Um livro comprado recentemente Praça de Londres , de Lídia Jorge, comprado em Maio na Feira Feminista do Livro da UMAR . Podem comprar aqui .  - Um autor português recomendado por alguém Heroínas Portuguesas: Mulheres que Enganaram o Poder e a História , de Fina d'Armada, recomendado pela minh

Feira do Livro de Lisboa 2018

O post em que vos mostro a desgraça do ano - e com direito a guest post ! Se decidi juntar tudo num só post , foi porque tenho imensos em atraso e assim fica mais fácil (e também fica mais fácil para o querido leitor julgar-me pela quantidade de livros comprada). Fui três vezes à Feira do Livro de Lisboa este ano. A Hora H é agora mais cedo, pelo que me vi forçada a gastar também dinheiro em comida. Preferia a Hora H 22-23h, sem vergonhas. Digo também desde já que, entre o meu post  e o do meu namorado, que se junta a mim para mostrar as suas compras, esta leitura é ENORME. Não julgo se apenas virem as fotos e comentarem as compras em si, e não a experiência. 28/Maio Primeira ida à Feira do Livro, primeira prospecção. Fui com o intuito de despachar a LeYa e quiçá outras bancas; fui um pouco mais cedo para fazer um breve estudo, ver o que eu queria da Porto Editora/Bertrand com a etiqueta laranja, que livros podia comprar sem esperar pelas 21h, etc. Perguntei n

RESULTADO | passatempo Como Falar com Raparigas em Festas

E o vencedor é... A Rita Araújo. Parabéns, Rita! Aproveito a deixa para agradecer a todos, por terem passado aqui nem que tenha sido uma vez ao longo destes cinco anos de blog! Sinto que devia fazer algo mais em jeito de celebração - é hoje - mas tenho praí 12 posts em atraso e não sei bem o quê. Pergunta ao eventual leitor que possa estar aí desse lado: o que gostam de ver por aqui, ou o que gostariam de ver mais? Digam-me o que funciona.

Dez razões para aspirar a ser gato

Comprei este livro maioritariamente pelo título. Não é mentira - podem confirmar aqui . Maioritariamente, porque foi também a opinião da senhora por trás da banca do Espaço Llansol, dizendo ser um livro maravilhoso, que me convenceu a comprá-lo mesmo. Valério Romão é um nome que, não me sendo totalmente desconhecido, não me era particularmente familiar. Parti, assim, sem qualquer tipo de preconceito ou ideia pré-formada para a leitura de Dez razões para aspirar a ser gato. O conteúdo do livro segue, de certa maneira, o prometido no título: são dez contos que nos relatam situações que levam a que dez pessoas diferentes a aspirar ser gatos, também elas por motivos díspares. Sou absolutamente contra conteúdo de blogs que consista em sinopses, mas fica aqui a retirada do site da Mariposa Azual , porque é sublime e sucinta: "Neste livro é melhor ser gato que ser pobre (Razão 1); melhor do que ser gato-sapato num emprego abaixo de cão (Razão 2); antes gato que rato de

A Mulher que Prendeu a Chuva e outras histórias

Mais contos - desta vez de uma autora portuguesa. Teolinda Gersão é uma autora que eu "persegui" na Feira do Livro do ano passado, mas não encontrei o livro que pretendia e decidi não trazer nenhum, num qualquer acto de contenção inesperado. Meses mais tarde, encontrei esta edição na Dejà-Lu - e vinha autografada pela autora , e não lhe resisti. Não sabia, de todo, ao que ia, quando peguei neste livro. Não chovia há muito tempo e tudo tinha começado a morrer. Até as árvores e os pássaros. As pessoas tropeçavam em pássaros mortos (...) Alguém era culpado pela seca. E depois começaram as vozes, na aldeia, de que a culpada era aquela mulher. O livro é composto por 14 contos, todos eles curtos, todos eles relatando situações genéricas, banais, quotidianas. São mais que contos - como nos diz o título, são histórias. E talvez sejam histórias, e não contos, pelo elemento mágico. No conto que dá título ao livro, um empresário que cresceu no Brasil vem a Lisboa, em