Yes, of course we were pretentious - what else is youth for? Tony Webster, narrador deste livro (o meu primeiro de Julian Barnes) narra-nos, aqui, a história da sua vida - agora que a vida que lhe resta é menos que aquela que já passou -, reflectindo na banalidade da mesma. Interligando o tempo presente com o passado cerca de 30-40 anos antes, nos tempos de escola, faculdade e início de juventude, rapidamente nos apercebemos que Tony, como vários outros, é um narrador não confiável, mas por um motivo diferente da maioria dos narradores não confiáveis que a literatura nos costuma apresentar. À medida que recorda e regista a sua vida, Tony apercebe-se que se lembra apenas daquilo que se "treinou" para lembrar, que há coisas que recalca, reprime, que definem ou poderiam mudar a sua auto-imagem - vai-se apercebendo que a forma como se lembra de vários eventos pode não só ser unilateral, por poder ter sido interpretada de forma díspare pelos outros intervenientes, como do facto qu
Às vezes as minhas motivações para ler um livro em determinado momento são, pura e simplesmente, absurdas. Mrs Miniver é um livro que me ficou debaixo de olho por dois motivos: constar do catálogo da Virago e uma vaga memória de em tempos ter visto um filme com o mesmo título . A Virago tem uma curadoria muito interessante, com nomes que vão de Daphne du Maurier a Edith Wharton a Elaine Dundy a Jan Struther, passando por Elizabeth von Arnim , Barbara Pym , incluindo vários outros nomes mais ou menos conhecidos, muitos deles na minha estante por ler. Muitas das autoras escolhidas são inglesas, do séc. XX, e não publicadas por outras editoras; são vozes interessantes, por vezes pouco reconhecidas, e quase todas por editar em Portugal, o que é uma tristeza. O que quero dizer é que, nas minha compras no AwesomeBooks, uma das pesquisas que faço por vezes é "Virago"; e que, tendo este livro a fama de ser uma leitura leve, sendo também curto, achei que estaria na altura de o ler.