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Mensagens

A mostrar mensagens de junho, 2021

Kick-Ass

Já tinha muitas saudades de pegar numa novela gráfica. Decidi, então, pegar numa lacuna nas minhas leituras: Kick-Ass. Dave Lizewski, um rapaz adolescente que adora super-heróis, vive com o pai após a mãe ter falecido com um aneurisma. Ele é um típico nerd, adora ler comics de super-heróis, tem fantasias adolescentes com a professora de biologia e está muito apaixonado por uma rapariga da turma dele que não lhe liga nenhuma. Assim, e porque está aborrecido (maioritariamente isso, vá), decide comprar um fato e tornar-se um super-herói. Ora, o mundo de Kick-Ass não é muito diferente do nosso mundo. Há telemóveis e coisas que vão parar à net, há pessoas idiotas, mas não há monstros, mutantes, super-vilões ou cientistas malévolos. É um mundo normal, com crime "normal". Também não há uma "origin story", uma picada de uma aranha, um homicídio que deixa Dave órfão... novamente, ele não encontra nada melhor para fazer com o seu tempo e parece-lhe boa ideia. E, de fato vesti

Esteiros

O tema de Junho do #lerosclássicos2021 passava por ler um clássico lusófono. Este tema é, para mim, um desafio, que veio na mesma altura do desafio que me impus a mim mesma: ler Anna Karenina  (não é um desafio; é apenas um livro com muitas páginas). É um desafio porque, apesar do meu grande amor por Jorge Amado e Machado de Assis, não sabia ao certo que leitura conjugar com o russo que tinha em mãos. Escolhi Esteiros , de Soeiro Pereira Gomes, livro curto que habitava as minhas estantes desde 2015 e que tinha em muito boa conta, com urgência renovada de ser lido após a minha conversa com a Catarina . Para os filhos dos homens que nunca foram meninos escrevi este livro. A premissa de Esteiros  vai, de certo modo, de encontro à de Capitães da Areia , que será sempre um dos meus livros favoritos: segue um grupo de rapazes, todos eles crianças que, por via das circunstâncias (acima das quais, a pobreza), se vêem desprovidos da sua infância. Enquanto que os garotos de Jorge Amado são órfã

TBRs e planeamentos

Sobre aquilo que mais abomino: planear leituras. Nunca gostei de planear leituras; se, por esta altura, pensar ler um livro no mês de Agosto, é certo que, chegada a data, vai-me apetecer ler outra coisa. Gosto de remar conforme as marés das vontades, e livros houve nos quais peguei mais que uma vez até ser o momento certo de os ler. No entanto, ultimamente, tenho sentido enormes desejos de ler alguns dos livros que povoam as estantes (a saber: Esteiros , de Soeiro Pereira Gomes, que será lido no âmbito do #lerosclássicos2021 ; My Sister the Serial Killer , de Oyinkan Braithwaite, que ainda por cima vai ser publicado em português agora em breve, é curtíssimo e acho que vou gostar; Passing , de Nella Larsen, para ler depois The Vanishing Half , de Brit Bennett; e queria continuar o The Giver Quartet , de Lois Lowry, que comecei há algum tempo e ainda só li o primeiro volume). Também nunca fui menina de ler mais que um livro ao mesmo tempo, salvo algumas, raras, excepções - mas o que faze

fora da estante #18

O décimo-oitavo episódio, após um hiato abrupto daqueles. Podem comprar aqui os livros mencionados: Pedro Páramo, de Juan Rulfo | disponível em  português 2666, de Roberto Bolaño | disponível em  português Franny and Zooey, de JD Salinger | disponível em  português  | disponível em  inglês Grande Sertão Veredas, de João Guimarães Rosa | disponível em  português A Estação da Sombra, de Léonora Miano | disponível em  português Novamente: disponível no  Spotify  na  Apple  e  noutras plataformas . O próximo será daqui a duas semanas.

Queenie

Li Queenie  na senda de ler um contemporâneo após terminar a saga do Professor Challenger , mas antes de passar para Anna Karenina . Estive na dúvida entre este e My Sister, the Serial Killer  (que vai ser editado entretanto, em Portugal, daqui a dias), mas optei por este pelo formato digital, para diferenciar um pouco. Estou cada vez mais adepta do formato e ajuda a desligar de leituras físicas anteriores. Queenie  é o livro de estreia de Candice Carty-Williams e entrou no meu radar via Books That Matter , por ser parte de uma caixa antiga. Regra geral, os livros dessa caixa são apelativos, diversos e inclusivos. Este não é excepção, pois a protagonista, que dá o título ao livro (a palavra "epónima" soa terrível em português) é uma jovem de 25 anos de origem jamaicana, que tenta fazer a sua vida em Londres. Segundo algumas reviews  que vi entretanto no goodreads, este livro é "vendido" como sendo semelhante aos diários de Bridget Jones, que nunca li, mas vi os film

2021 | Maio

Maio foi mês de muita preguiça no que respeita ao blog. Comprados & Recebidos Comprei mais do que me orgulho, porque vou entrar num book buying ban  algo compreensivo, por motivos que poderão ter lido no meu post sobre o Brexit  e os seus impactos nos meus hábitos de consumo. Também podem ver alguns dos livros que comprei nesse mesmo post. Outros, tenho vergonha de mostrar, porque foram mesmo muitos. Ups. A Cotovia encerrou portas (e encomendas) para sempre, ontem, e espero receber esta semana o resultado da derradeira encomenda. Talvez alguns de vós nunca tenham visto a leitura que fiz para a Livros Cotovia, há quatro anos. Fica aqui um link para o vídeo . Estou triste. Lidos Maio foi um mês errático e no qual parece que li menos do que li na realidade, à conta de um volume omnibus  que compreende três livros e dois contos: o The Lost World & Other Stories . Esta leitura significa que li não uma, mas cinco obras para o #lerosclássicos2021 , um inédito - frequentemente mencione