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A mostrar mensagens de março, 2021

When Life Gives You Mangos

Fiquei intrigada com este livro quando o vi no Brave Girls Book Club , a "irmã mais nova" do Books That Matter . Como os portes (de ambas as caixas!!) deram um salto enorme desde a última vez que o conteúdo me tinha interessado (infelizmente...), porque middle-grade e contemporâneo não são exactamente as minhas zonas de conforto (embora eu diga tantas vezes que adoro livros infantis...) e porque queria levar mais longe a leitura no digital, optei por ler esta obra em ebook . A personagem principal e narradora do livro é Clara, de 12 anos, que vive com os seus pais em Sycamore, uma pequena vila costeira na Jamaica, onde nunca há ninguém novo, nunca há turistas e toda a gente se conhece. Clara adora viver ali: conhece toda a gente, adora comer mangas, correr pela vila, a comunidade e o lugar secreto para onde costumava ir com Gaynah, a sua prima e melhor amiga. Mas há um problema: Clara não se lembra do que aconteceu no verão passado, após uma tempestade e, por isso, tem probl

fora da estante #17

O décimo-sétimo episódio! Podem comprar aqui os livros mencionados: Rebecca, de Daphne du Maurier | disponível em  português  | disponível em  inglês The Haunting of Hill House, de Shirley Jackson | disponível em  português  | disponível em  inglês A Noiva do Tradutor, de João Reis| disponível em  português O Nome da Rosa, de Umberto Eco | disponível em  português House of Leaves, de Mark Z Danielewski | disponível em  inglês Novamente: disponível no  Spotify  na  Apple  e  noutras plataformas . O próximo será daqui a duas semanas.

Herland

O tema de Março do #lerosclássicos2021 era vasto: feminismo, questões de género, LGBT. Escolhi Herland  por o ter há alguns anos já na estante e pela premissa: ora imaginemos um mundo onde não há homens, somente mulheres. Esta obra foi publicada em 1915. Aqui, seguimos um grupo de três homens, pela lente de um deles, Van, o narrador. Numa expedição pela zona da América do Sul, Van, Terry e Jeff descobrem que existe um sítio onde vivem apenas mulheres. Incrédulos, decidem explorar e ver por eles mesmos, e vêem-se imersos numa comunidade que está desligada do resto do mundo há cerca de 2000 anos, no seguimento de guerras e catástrofes naturais. Incrédulos, repito: ao longo da viagem, e nas primeiras impressões da terra à qual decidiram chamar Herland, os três homens acreditam que não é possível não haver homens algures, escondidos, próximos, e demoram meses a acreditar em tudo aquilo que encontram: um conjunto de mulheres fortes, coordenadas, com agricultura avançada (e estilo de vida v

the princess saves herself in this one

Vamos falar de poesia de internet. Mais que certo e sabido que não sou leitora habitual de poesia. Este era um livro que me despertava vago interesse por alegadamente ter conteúdo feminista e de empowerment  (vede o título); interesse esse vago o suficiente para eu nunca o ter adquirido e não ter a certeza se o queria ter na estante. Portanto, e dado que a última experiência correu bem, apostei na leitura digital. Novamente, pareceu ser uma boa aposta: poucas palavras por página, mancha de texto limpa, por que não? "1. fill in the blank: a) poetry is ______ - anything you want it to be" Será mesmo? Gosto de alguns dos sentimentos do livro, de ideias feministas aqui pautadas, das emoções cruas, é certo - mas o conteúdo tem índole tão pessoal que me lembra dos idos tempos do LiveJournal e de confidenciar coisas tristes e momentos depressivos adolescentes a desconhecidos e tentar ter estilo, de ter 13 anos e escrever poemas e pensamentos soltos horrorosos que ainda bem que foi t

Le Petit Nicolas

A leitura deste livro é nostálgica a vários níveis. Não, nunca lera as aventuras de Nicolas. Porém, a um nível mais pessoal, lembra-me dos tempos em que estive a viver em Paris e fui à exposição sobre a vida e obra de René Goscinny , altura em que o adquiri (já tardava, esta leitura...); a um nível mais geral, diria que qualquer livro infantil, com os relatos de uma criança, tem um valor nostálgico indissociável. Le Petit Nicolas  é o primeiro de uma série de livros que inclui um conjunto de histórias sobre as aventuras de Nicolas, um garoto de talvez oito anos, a sua família e os seus amigos. É um livro infantil, sim, daqueles sem grande mensagem para um leitor adulto, ou sem filhos. No entanto, é extremamente divertido (ri alto mais do que uma vez!), está mesmo bem escrito, com cenários verosímeis, apesar dos vários "personagens-tipo" que nos são apresentados, e num nível de francês muito aceitável para começar a minha empreitada de dedicação à língua. Como vários livros i

Through the Woods

 Decidi voltar a experimentar a leitura em formato digital. Tudo começou com o desenterrar de um tablet antigo para complementar um portátil já meio escavacado e com mau contacto em várias actividades do dia-a-dia; decidi experimentar instalar a app  do Kobo e achei mais seguro começar por um ebook  de uma novela gráfica. Ainda acredito que a experiência novela gráfica corre melhor no físico (mais não seja pelos double spreads ), mas a experiência foi agradável qb, correu melhor que há uns anos (estou mais habituada a telemóveis ditos inteligentes, suponho, o que facilita a interacção) e talvez experimente com leituras mais leves que requeiram menos atenção. A ver vamos. E, então, numa manhã de sábado, a escolha de leitura recaiu sobre Through the Woods , de Emily Carroll, sobre o qual já tinha lido maravilhas, mas do qual pouco sabia. Trata-se de uma colecção de short stories  que se passam em zonas mais recônditas, meio rurais, com a floresta como quase pano de fundo. Histórias de te

fora da estante #16

O décimo-sexto episódio! Podem comprar aqui os livros mencionados: Born a Crime, Trevor Noah | disponível em  português  | disponível em  inglês The Illuminae Files, Amie Kaufman e Jay Kristoff | disponível em  português  | disponível em  inglês Daisy Jones and the Six, Taylor Jenkins Reid | disponível em  inglês Papisa Joana, Donna Woolfolk Cross | disponível em  português  | disponível em  inglês Covenant, Jennifer L Armentrout | disponível em  inglês Novamente: disponível no  Spotify  na  Apple  e  noutras plataformas . O próximo será daqui a duas semanas.

Pretty Guardian Sailor Moon #4

Tendo este volume nas minhas mãos, retomei de imediato Sailor Moon. No último volume , Usagi deparou-se com o aparecimento de Chibi-Usa, o desaparecimento de Mars e Mercury, e a expansão dos Dark Moon. É um arco muito diferente daquilo que nos é apresentado no anime, pelo que nunca sei mesmo o que esperar - tornando a leitura mais entusiasmante. Perante toda a situação, Usagi não é a personagem animada e extrovertida a que a série nos habituou: aqui, e perante um enorme sentimento de perda, está deprimida, apática. Chibi-Usa tenta diverti-la, distraí-la, animá-la - demonstra sensibilidade e empatia, ao contrário da personagem do anime, que é horrorosa (odeio-a no anime, é um pouco melhor aqui), mas Usagi rejeita todas as tentativas porque tem ciúmes de uma criança por passar demasiado tempo com o seu namorado. Isto também acontece no anime e faz-me imensa confusão... e talvez seja por esse motivo que nunca gostei de Chibi-Usa. Jupiter, Venus e Usagi começam a questionar mais o papel de

estou no PNL!

Fui convidada para falar na #semanadaleitura, dinamizada pelo PNL (já aqui antes falei do Plano Nacional de Leitura ). Fiquem com um raro registo audiovisual da minha pessoa.

Invisible Women: Exposing Data Bias in a World Designed for Men

It's not always easy to convince someone a need exists, if they don't have that need themselves. Este livro tinha-me sido recomendado pela Sara, ainda antes de gravarmos o podcast : tinha-me dito que poderia falar sobre este livro, apenas, durante horas. Não fui pesquisar muito sobre ele (adoro ser surpreendida durante as gravações), mas a conversa que tivemos deixou-me muito intrigada, pelo que adquiri o livro pouco depois e foi com grande alegria que o vi ser traduzido para português e ficar acessível a uma mais ampla população. Sou uma pessoa que gosta de números, de estatística, de economia, de contas. A economia é uma ciência social e tem muito, mas muito de social (tentem convencer-me do contrário). Leio muito, muito pouca não-ficção e muito pouca divulgação científica em geral, como sabem; já li o Freakonomics  (adorei - é mesmo o meu tipo de livro dentro do género) e quero ler a sua sequela, e Invisible Women  é semelhante, embora menos humorístico. Talvez porque a temá

2021 | Fevereiro

Mais uma vez revelando-se um mês demasiado curto para as minhas ambições leitoras. Comprados e Recebidos Houve muito de inesperado neste mês, apesar da sua curta duração: a adaptação a novela gráfica de The Master and Margarita , por Andrzej Klimowski e o quinto volume de Sailor Moon , de Naoko Takeuchi. Dentro do esperado, a versão ilustrada de Gatos e mais gatos , de Doris Lessing. Gostava de dizer que me ando a portar muitíssimo bem no que respeita à aquisição de livros, mas esperem só por Março... Lidos As ambições eram, reitero, muitas. Terminei Apneia , de Tânia Ganho , li Liza of Lambeth , de Somerset Maugham , para o #lerosclássicos2021, li o vol. IV de Sailor Moon ( review  em atraso por constrangimentos pessoais e informáticos vários), li Coração de Vidro , num regresso maravilhoso à obra de José Mauro de Vasconcelos. Li  Invisible Women , de Caroline Criado Pérez (mencionado pela Sara no episódio #5 do podcast), terminado no dia 28, e comecei  Le Petit Nicolas , da dupla Sem