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A mostrar mensagens de maio, 2020

Lumberjanes, Vol. 1: Beware The Kitten Holy

Friendship to the max! Há muito que queria ler este livro e, meses após chegar à minha estante, chegou a hora de o ler. Com o Infinite Jest  a ocupar muito do meu tempo de leitura, precisava de algo mais leve - e foi uma óptima escolha. Lumberjanes segue o grupo de cinco amigas, escuteiras, determinadas a ter muitas aventuras no seu acampamento de verão. Ora - eu tenho tantos sentimentos quanto a escuteiros quanto a maioria de vocês, caros leitores, mas há que perceber que um campo para hardcore lady types  não será para qualquer um Especialmente quando, no juramento, then there's a line about god or whatever . Cada capítulo tem uma introdução a falar de um distintivo, que rapidamente entra na aventura que levará à obtenção (ou não!) do mesmo. A primeira página dá a sensação de que o leitor foi lançado para o meio da narrativa, sem preparação, mas a sensação rapidamente se dissipa quando conhecemos as nossas protagonistas: April, Jo, Molly, Mal e Ripley. O que me chamou logo a aten

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Relendo uma leitura escolar obrigatória que, à época, não me tinha impressionado particularmente. Ressalva: continuou sem impressionar. Já é mais que conhecida e por aqui relatada a minha dificuldade em apreciar poesia, que leva a raramente a ler. Reli esta obra para participar no projecto do João,  #12meses12portugueses , para o qual já lera O retrato de Ricardina , de Camilo Castelo Branco. Eu sei que Fernando Pessoa foi os quatro maiores poetas portugueses dos tempos modernos e, acreditem, eu tentei. Maioritariamente devido à dimensão diminuta da obra, acabei por reler. O conteúdo da obra será conhecido por uma vasta maioria: a exortação de Portugal, dos portugueses e dos seus grandes feitos, um apelo para o regresso à grandeza dos tempos passados, etc, etc. Não vou entrar no quão problemático considero achar os Descobrimentos grandiosos, pois há que ter em conta o contexto da altura em que a obra foi escrita (a publicação data de 1934); posso apenas dizer que n

The Dud Avocado

Desafio para Maio : um clássico do séc. XX. Tendo já lido muitos dos clássicos mais conhecidos deste século (e não tendo andamento para os grandes do Steinbeck, por estar ainda a braços com o Infinite Jest ), decidi dar uma hipótese a um clássico mais rebuscado: The Dud Avocado , de Elaine Dundy. Falei com várias pessoas sobre esta minha leitura, e ninguém parecia ter ouvido falar neste livro. Aliás: comprei no Awesome Books  por uma ninharia, e o meu único critério para querer ler esta obra prendia-se com o facto de confiar na editora, a Virago. Também é isso que, para mim, torna este desafio divertido: a partilha de leituras menos óbvias. Escrito e situado na década de 1950, apresenta-nos Sally Jay Gorce, a protagonista, uma rapariga norte-americana sozinha em Paris. Sally Jay tinha tentado frequentemente fugir de casa (para ser toureira, inclusive) e, cerca do seu 13º aniversário, o seu tio Roger fizera um trato com ela, segundo o qual, quando ela terminasse os seus

Dois Irmãos (novela gráfica)

Milton Hatoum é um nome que eu já tinha na ideia antes de surgir a oportunidade de ler esta adaptação magnífica. Fábio Moon e Gabriel Bá são também nomes que já me eram familiares, e com os quais tinha a experiência não de Daytripper  (que tenho na estante, à minha espera, de forma quase criminosa), mas de Como Falar com Raparigas em Festas , também uma adaptação, nesse caso, de um conto. Não conhecia a narrativa a que ia - e não desiludiu. Dois Irmãos  trata de uma saga familiar no início e metade do século XX, em Manaus, no Noroeste brasileiro, à margem do Amazonas. Uma terra do interior, portanto. A narrativa centra-se em dois irmãos, gémeos, Omar e Yaqub, filhos de dois descendentes de libaneses, Halim e Zana. Cruzamo-nos, no prefácio da obra, com Zana, desolada - e sabemos, logo ao início, que houvera um conflito entre os dois irmãos que dão título ao livro. Ao longo da obra, com algumas quebras cronológicas, sabemos como Halim conheceu e cortejou Zana, a su

Histoire de Babar le petit éléphant

Aqui está um livro que, à primeira vista, não teria nada de polémico. Mas oh, se tem. Muitos de nós terão profunda nostalgia com o pequeno elefante com o fato verde e a coroa de rei, que conheceremos talvez melhor dos desenhos animados do que dos livros que Jean de Brunhoff autorou na década de 1930. Foi movida por essa nostalgia que o adquiri naquela que é, na minha opinião, a melhor livraria de Paris, a L'Écume des Pages , embora já ciente do que se diz sobre o mesmo. Há vários volumes das histórias de Babar, sendo este o primeiro. Jean de Brunhoff escreveu um total de sete e, a esta colecção, o seu filho Laurent de Brunhoff acrescentou inúmeros. Adianto desde já que gostaria de um dia adquirir e ler os dois volumes que se seguem a este: Le Voyage de Babar  (que relata a viagem para a qual ele parte no final deste volume) e Le Roi Babar . O livro é curto, com belas imagens acompanhadas de poucas palavras. O texto está numa bonita e simples caligrafia. Bab

2020 | Abril

Sou leitora de transportes públicos e não frequento um desde dia 11 de Março. (irrita-me imenso o facto de a maioria dos livros da foto estar com o título do avesso, mas sou incapaz de os colocar com a capa para baixo) Comprados & Recebidos Ao contrário do que disse no mês anterior , acabei por ceder a algumas compras. A desculpa: apoiar livrarias e editores pequenos. Houve promoções e oportunidades vários ao longo do mês. O financeiramente impossível é (e foi) apoiar todos. Fiz anos no dia 3, e recebi como prenda Finalmente o Verão , de Mariko Tamaki e Jillian Tamaki, que estava esgotado há que tempos e foi finalmente reeditado pela Planeta Tangerina . Na demanda de um livro esgotadíssimo que a minha madrinha queria há muito ler (e que obtive graças a Livraria Leituria ), surgiu a oportunidade com a  K2  de ter na minha estante  Navegação de Cabotagem , o mais parecido com uma memória de Jorge Amado (recordo que a obra dele é quase impossível de arranjar, ultim