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A mostrar mensagens de novembro, 2019

Amadora BD 2019

Foi o terceiro ano que fui a este evento. Pode-se dizer que sou nova, muito, nestas andanças. A primeira vez que fui ao Amadora BD, foi no ano 2000. Fui seleccionada para uma visita de estudo organizada pela biblioteca da escola que frequentava à data, enquanto usuária assídua da biblioteca. Não me lembro imenso do evento, mas lembro-me de ter ido. Foi um marco engraçado, porque alguma da minha frequência da biblioteca se prendia com ler Milo Manara à socapa com outros colegas; e porque muita da minha leitura de infância fora, precisamente, banda desenhada, com grande ênfase na Hiper Disney e uma menção honrosa enorme para a Turma da Mónica.   Regressei no ano passado e, fora a área para aquisição de material de leitura, não me fascinou, de todo, o evento. Gostei de conhecer mais editoras, e mais do que se faz em Portugal em termos de banda desenhada e arte sequencial - e acabei por ir mais do que uma vez, precisamente para fazer compras. Este ano, o festival p

2019 | Outubro

Post mega atrasado, é claro - logísticas de quem muda de casa... Comprados & Recebidos Em mês de dois eventos literários, claro que há novidades nas (também elas novas) estantes. Os Vencidos da História , de José Jorge Letria, Feminismo de A a Ser , de Lúcia Vicente, a colecção Novela Gráfica deste ano da Levoir (encomendei à editora e chegou tudo junto), as aquisições do Amadora BD (todas três na foto - artigo mais completo em breve) e Paisagem com mulher e mar ao fundo , de Teolinda Gersão. Lidos Apesar de tudo, e também porque as leituras foram propositadamente curtas, na sua maioria, li bastante: comecei o mês a rematar o terceiro volume dos livros de Hilda  (estou a terminar a série na Netflix; aí, darei opinião sobre o livro, mas podem ler desde já as minhas opiniões sobre o primeiro e o segundo), tendo seguido para a obra a quatro mãos de Mia Couto e Agualusa . Ao novo romance de Maria Gaínza, Hotel Melancólico , seguiu-se, finalmente, Bambi , de Felix

Meditações

Cultura greco-romana. O Imperador romano Marco Aurélio tinha um diário no qual escrevia os seus pensamentos sobre como levar uma vida boa, sã e digna. Estes pensamentos não foram escritos para uma audiência, mas para ele próprio; nunca houve qualquer intenção de publicação. No entanto, e nos dias de hoje, estes 12 livros continuam connosco: as Meditações . O estoicismo romano não é tão conhecido ou conceituado como a filosofia grega. No entanto, o objectivo da cultura romana era viver como um filósofo: ser uma pessoa de bom carácter, íntegra, não hipócrita. Marco Aurélio é considerado um dos maiores estóicos romanos. Os seus pensamentos são extremamente lógicos no que respeita à vida, à morte, ao universo que nos rodeia. É aberto e honesto e compreende a efemeridade da vida e o quão irrelevantes somos, seres humanos, no grande quadro da História - e estes pensamentos vieram daquele que era o homem mais poderoso do mundo ocidental. Um homem que considera que a força vem da

Bambi

Não o filme fofinho da Disney. Porque, apesar de Bambi  ser um dos filmes mais negros da Disney (com a morte da mãe, é claro), continua a ser muitíssimo mais leve que este livro. Não se deixem levar pelo título, ou pelas belas ilustrações da edição E-Primatur: esta obra não é para crianças. Queria ler o original de Felix Salten há uma quantidade absurda de anos, até por ter noção de que fora banido durante o regime Nazi, não só pelo facto de o autor ser judeu, mas pela potencial alegoria política que a narrativa representava. E, é claro, esta edição da E-Primatur estava debaixo de olho há anos. Foi desta que a comprei (em conjunto com Lassie , em mega promoção na Feira do Livro), e a leitura foi especialmente induzida pela temática de Outubro do desafio da Rita - animais. Esta é a história de crescimento de um veado, com todas as ramificações da sua vida. A história passa-se numa floresta, nunca identificada, mas possivelmente inspirada pelos Alpes que Felix Salte

How to Be Both

Como um livro me pode surpreender imenso. Peguei em How to Be Both , de Ali Smith, nos últimos dias de Setembro, fingindo ainda ir a tempo de o ler para a leitura do mês de Setembro do grupo de leitura da Rita da Nova, Uma Dúzia de Livros , cujo tema era "um livro sobre recomeços". Após pesquisar longamente listas sobre livros sobre new beginnings , este era o único que eu tinha na estante que aparecia minimamente nalguma. Li-o, portanto, sem qualquer expectativa. Não sabia absolutamente nada sobre o livro. Peguei nele após a muito lenta e não particularmente entusiasmante experiência que se revelou ser A Guerra dos Mundos . E acabou por revolucionar o meu mês de lentas leituras. Como o título indica, o livro trata de dualidades. Para começar, é narrado em duas vozes, com uma metade pertencendo a uma rapariga adolescente britânica, George, e a outra a um pintor renascentista praticamente desconhecido, Francesco del Cossa (e, descobri posteriormente, o livro f