Avançar para o conteúdo principal

Looking for Alaska

MANIC PIXIE DREAM GIRL ALERT!!!!


Comprei este livro como parte de uma box set com todos os livros do John Green, porque estava barata e eu estava curiosa. Decidi começar a ler por ordem cronológica, e este veio primeiro.

O título dera-me a entender que o livro poderia ser sobre pessoas perdidas a tentar chegar ao Alaska. Porém, é sobre um rapaz aborrecido e sem vida social que vai para um colégio interno, onde consegue fazer amigos sabe-se lá como e se apaixona por uma rapariga supostamente inalcançável (embora seja bff do roomie dele), fascinante, mórbida e ~~~damaged~~~ (e, obviamente, incrivelmente bem parecida, senão, quem é que ia querer saber dela?). Que se chama Alaska e que depois morre. Boo-hoo.

Percebam a profundidade da tipa:

"Why do you smoke so damn fast?" I asked.
She looked at me and smiled widely, and such a wide smile on her narrow face might have looked goofy were it  not for the unimpeachably elegant green in her eyes. She smiled with all the delight of a kid on Christmas morning and said, "Y'all smoke to enjoy it. I smoke to die."

NOSSA. BROKEN INTO 81239123891 PIECES OF GLITTER.

A restante história é basicamente putos a fazer porcaria no seu colégio interno e, sabem aquela quote do The Perks of Being a Wallflower, "and in that moment, I swear we were infinite"? Aqui o infinite é o GREAT PERHAPS. O Miles, aka o protagonista, quer descobrir o GREAT PERHAPS (porque leu essa expressão numa biografia do Rabelais)! Quantas mais vezes tem isto de ser feito? Meter últimas palavras de pessoas conhecidas pelo meio, porque o Miles, além de ter uma louca paixão pela Alaska, decora citações de pessoas cujas biografias leu. Mas só as últimas palavras, as que disseram antes de morrer. Aposto que todos os putos emo o fazem.

E depois há um tipo que faz rap, com o qual somos presenteados nas primeiras páginas. PORQUÊ?

Takumi couldn't believe it either, and he walked over to me, tussling my hair with his hand, and started rapping to Alaska. "Yeah, Pudge is adorable / but you want incorrigible / so Jake is more endurable / 'cause he's so—damn. Damn. I almost had four rhymes on adorable. But all I could think of was unfloorable, which isn't even a word."

Tão desnecessário.

Fora isto: lê-se bem (que é como quem diz entre a noite de Natal e o respectivo almoço), é entertaining o suficiente, apenas tem personagens incrivelmente irritantes. O Miles, além de não ter amigos, não tem personalidade (factos que creio poderem estar interligados). O roomate dele tem metro e meio e uma gravata com flamingos. O Takumi não precisa de introdução depois do rap acima citado. A Alaska, além de incrivelmente bem parecida, culta e alcoólatra, é também feminista~~ e fala frequentemente em derrubar a patriarquia, pede aos amigos para não objectificarem mulheres quando comentam as mamas das colegas, etc, e acho que se torna um bocadinho mais difícil de ter credibilidade nestas cenas quando se é a Zooey Deschanel e se perpetua toda aquela imagem.

Queria ter gostado mais deste livro, porque toda a gente que conheço parece ter gostado, mas acho que estou demasiado velha para isto.

2.5/5

Podem comprar esta edição aqui e em português aqui.

Comentários