Este livro pode ser resumido numa palavra: previsível.
Mas se tiver de usar mais palavras: anagramas, teoremas, "fug" e "fugger", até à exaustão. Que é o que o livro fez.
"Hey, why the fuck do you and Hassan say fug all the time?"
Colin exhaled slowly, his cheeks puffing out. "Have you ever read The Naked and the Dead by Norman Mailer?"
"I don’t even know who that is."
"American novelist. Born in 1923. I was reading him when I first met Hassan. And then later Hassan ended up reading it because it’s all about war, and Hassan likes actiony books. Anyway, it’s 872 pages, and it uses the word fug or fugging or fugger or whatever about thirty-seven thousand times. Every other word is a fug, pretty much. So anyway, after I read a novel, I like to read some literary criticism of it."
Neste livro há um "fug" ou derivado a cada duas palavras também, e é muito irritante.
Este livro é sobre uma falsa roadtrip, e teve momentos com piada, mas continuo a não compreender como um tipo tão irritante, que se acha tão inteligente, superior, poliglota (ao longo do livro ele fala com pessoas em várias línguas diferentes, incluindo línguas mortas, e está sempre a fazer anagramas, o que suponho que seja para enfatizar o quão floco de neve especial ele é) e tão não popular arranja dezanove namoradas (e ainda por cima dezoito delas com o mesmo nome, o que é bastante limitativo - e sim, são só dezoito Katherines, ele repetiu uma). Simplesmente não acontece, mas suponho que o objectivo deste livro (e do Looking for Alaska) seja dar esperanças aos geeks deste mundo que eles conseguirão comer as tipas giras e inalcançáveis e namorar com quase vinte tipas antes de fazerem dezoito anos.
Já agora - quase nenhuma das relações se qualifica como tal, mas como puto geek desesperado que é, ele conta dar a mão no cinema a uma Katherine como toda uma relação. Possivelmente só para poder sofrer com o final da mesma.
Depois há toda a coisa de o Colin passar o livro INTEIRO a tentar fazer um teorema matemático para explicar o porquê de as tipas o abandonarem todas, o que me parece irracional, OCD e idiota, além de uma tentativa demasiado rebuscada de ser um floquinho (matemática! Para parecer inteligente!). Este floquinho é tão desinteressante como o Miles do Looking for Alaska, é imensamente idiota e não tem qualquer redenção ao longo do livro - a cena é que quando dezassete de dezoito tipas (chamadas Katherine) decidem acabar uma relação com o mesmo tipo, ele claramente tem algo de errado. Porém, o Colin é aceite pela Lindsey (que é linda, maravilhosa, interessantíssima - segundo ele) sem ter de mudar, e por motivo nenhum.
Já agora, formas como o Colin descreve raparigas:
She was incredibly hot - in that popular-girl-with-bleached-teeth-and-anorexia kind of way, which was Colin's least favorite way of being hot.
She looked prettier than she ever had before - Colin always preferred girls without makeup.
Mas se tiver de usar mais palavras: anagramas, teoremas, "fug" e "fugger", até à exaustão. Que é o que o livro fez.
"Hey, why the fuck do you and Hassan say fug all the time?"
Colin exhaled slowly, his cheeks puffing out. "Have you ever read The Naked and the Dead by Norman Mailer?"
"I don’t even know who that is."
"American novelist. Born in 1923. I was reading him when I first met Hassan. And then later Hassan ended up reading it because it’s all about war, and Hassan likes actiony books. Anyway, it’s 872 pages, and it uses the word fug or fugging or fugger or whatever about thirty-seven thousand times. Every other word is a fug, pretty much. So anyway, after I read a novel, I like to read some literary criticism of it."
Neste livro há um "fug" ou derivado a cada duas palavras também, e é muito irritante.
Este livro é sobre uma falsa roadtrip, e teve momentos com piada, mas continuo a não compreender como um tipo tão irritante, que se acha tão inteligente, superior, poliglota (ao longo do livro ele fala com pessoas em várias línguas diferentes, incluindo línguas mortas, e está sempre a fazer anagramas, o que suponho que seja para enfatizar o quão floco de neve especial ele é) e tão não popular arranja dezanove namoradas (e ainda por cima dezoito delas com o mesmo nome, o que é bastante limitativo - e sim, são só dezoito Katherines, ele repetiu uma). Simplesmente não acontece, mas suponho que o objectivo deste livro (e do Looking for Alaska) seja dar esperanças aos geeks deste mundo que eles conseguirão comer as tipas giras e inalcançáveis e namorar com quase vinte tipas antes de fazerem dezoito anos.
Já agora - quase nenhuma das relações se qualifica como tal, mas como puto geek desesperado que é, ele conta dar a mão no cinema a uma Katherine como toda uma relação. Possivelmente só para poder sofrer com o final da mesma.
Depois há toda a coisa de o Colin passar o livro INTEIRO a tentar fazer um teorema matemático para explicar o porquê de as tipas o abandonarem todas, o que me parece irracional, OCD e idiota, além de uma tentativa demasiado rebuscada de ser um floquinho (matemática! Para parecer inteligente!). Este floquinho é tão desinteressante como o Miles do Looking for Alaska, é imensamente idiota e não tem qualquer redenção ao longo do livro - a cena é que quando dezassete de dezoito tipas (chamadas Katherine) decidem acabar uma relação com o mesmo tipo, ele claramente tem algo de errado. Porém, o Colin é aceite pela Lindsey (que é linda, maravilhosa, interessantíssima - segundo ele) sem ter de mudar, e por motivo nenhum.
Já agora, formas como o Colin descreve raparigas:
She was incredibly hot - in that popular-girl-with-bleached-teeth-and-anorexia kind of way, which was Colin's least favorite way of being hot.
She looked prettier than she ever had before - Colin always preferred girls without makeup.
NÃO.
A Lindsey começa como uma rapariga normal, que lê revistas de celebridades e está a treinar para ser paramédica. Random, mas nada de mais. Depois ela torna-se na pessoa que trata a mãe pelo primeiro nome, que era pseudo-emo-goth-cabelo-azul em nova, que diz ser ~fake~ para que as pessoas gostem dela. Por que é que não podia ser normal, abaixo de incrivelmente bem parecida, não querer nada com o protagonista (por que não ter mais objectivos de vida que não namorar com o primeiro Colin, que a humilhou quando tinham oito anos?)? A Katherine I/XIX era bem mais interessante, embora eu ache que ela só o quis porque o pai dela escrevia artigos sobre o Colin e ela tinha ciúmes, ou assim.
O Hassan, melhor amigo do Colin, só serve para word dropping de árabe e alemão (para demonstrar frequentemente o quão poliglota o Colin é) e para ser gordo. Metade do livro é sobre ele ser gordo e ter manboobs e tentar ter piada, como o token arab fat kid que é. Depois arranja uma namorada, embora não o quisesse, porque a religião dele não o encoraja, e claro que ela o troca. P-r-e-v-i-s-í-v-e-l. Ainda assim ele defende o Colin e é bom tipo, embora eu ache que o Colin deixaria de gostar dele se ele não se matriculasse na faculdade.
Finalmente, e só relevante porque me irritou: a descrição da cena de porrada foi péssima, desnecessária.
3/5 (o livro é bastante ok e lê-se bem, fora tudo isto)
Podem comprar esta edição aqui e em português aqui.
Finalmente, e só relevante porque me irritou: a descrição da cena de porrada foi péssima, desnecessária.
3/5 (o livro é bastante ok e lê-se bem, fora tudo isto)
Podem comprar esta edição aqui e em português aqui.
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