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Vaux-le-Vicomte

O Château onde pode ter nascido o absolutismo de Louis XIV. Este post pode parecer um pouco rebuscado, mas dois motivos fizeram com que decidisse publicá-lo: as ligações que se podem estabelecer entre este lugar e a literatura e, bem, o blog ser meu e eu fazer o que quiser. Já tendo ido duas vezes ao Château de Versailles, achei que era a altura de diversificar os meus destinos e comecei a minha tour de palácios ao visitar o Château de Vaux-le-Vicomte. Este palácio fica um bocado no meio do nada: tem de se apanhar um comboio na Gare de l'Est (o transilien linha P em direcção a Provins) e, posteriormente, apanhar o ChâteauBus, um shuttle que está combinado com as horas do comboio. Ou seja: é preciso planear, mas é fácil.   Sente-se a magnificência do espaço logo que se vê o portão: mesmo não sendo visível o palácio (coberto por outros edifícios), sente-se a grandiosidade e tudo o que foi investido na sua construção e planeamento. E aqui se começa a per...

Paris de Marie Antoinette

Aproveitei a minha estadia por Paris para participar de forma diferente no projecto Historiquices, d'a Miúda Geek ; a contemplada de Novembro foi Marie Antoinette. Deixo desde já aqui o link para a minha opinião sobre o livro da Antonia Fraser, Marie Antoinette: A Journey , que li em 2015 aquando da última vez que tinha vindo a Paris. Ressalvo que a edição da LeYa tem menos cerca 500 páginas (sim, leram bem, quinhentas ) que a versão original, que eu li - diria que, em português, é um livro que possivelmente não vale a pena. Há poucas personagens históricas que me fascinem tanto como esta mulher, que julgo ter sido vilificada, vítima de propaganda, vítima de misoginia - uma criança que chegou acidentalmente a um lugar de extrema importância sem preparação para o assumir, que não o soube assumir. Claro que não é totalmente inocente - entre o Hameau e os quadros vestidos de camponesa, por mais que servissem para a rainha fugir da realidade e do ódio que a rodeavam, parece u...

Palais Royal

Eu não disse que ia falar mais do Richelieu? Com entrada na rue de Montpensier, praticamente do outro lado da rua do Louvre, o Palais Royal foi inicialmente criado como Palais Cardinal, a residência de Richelieu.   Tendo o Palácio sido terminado em 1639, contraria um pouco a minha teoria sobre como o Cardeal chegava mais depressa que o M. de  Tréville ao então Castelo do Louvre (dado que Les Trois Mousquetaires se passa uns quantos anos antes - talvez, à data, Richelieu habitasse na Place Royale ). Poucos anos mais tarde, aquando da morte de Richelieu, o palácio passou a ser Palais Royal, tendo-se tornado posteriormente na residência da rainha, também personagem central de Les Trois Mousquetaires , Anne de Áustria, e a casa de infância do seu filho, Louis XIV.   Hoje, funcionam no Palais Royal o Ministério da Cultura francês, o Conselho de Estado e um teatro, a Comédie Française: o palácio em si não está aberto ao público. No entanto, os se...

Maison de Victor Hugo

Estando já instalada em Paris, dediquei-me a uma actividade bastante literária: a visita à casa de Victor Hugo. O autor, é claro, dispensa apresentações: escreveu, entre outras obras,  Les Misérables (que só li em versão reduzida, querendo ler o original em francês) e Notre Dame de Paris , que li há dois anos em jeito de celebração da última vez que vim a Paris.   Existem dois museus Maison de Victor Hugo: um em Paris, o outro em Guernsey. A casa de Paris situa-se no nº 6 da Place des Vosges (assim denominada desde 1800, antiga Place Royale), em pleno bairro do Marais, e é onde Victor Hugo viveu de 1832 a 1848. Já queria ter visitado este jardim antes, mas nunca se tinha dado. A Place Royale foi inaugurada em 1612, para celebrar o noivado de Louis XIII e Anne de Áustria, sendo a mais antiga praça da cidade, e contou ao longo dos séculos com vários habitantes ilustres, entre os quais Richelieu (preparem-se para outros posts sobre ele nos próximos d...