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La Fin de la Jalousie

Proust para quem não se quer comprometer em buscas do tempo perdido.


Curto conjunto de contos sobre prazeres humanos e o quão mundanos e destrutivos podem ser. Histórias sobre traições, adultério real ou imaginado, sobre o possivelmente mais escabroso do dia a dia.

 - On peut ce qu’on veut, dit Violante.
 - Mais vous ne voudrez peut-être plus la même chose, dit Augustin.
 - Pourquoi? demanda Violante.
 - Parce que vous aurez changé, dit Augustin.

Em Violante ou la Mondanité é abordada exactamente essa questão, a dos prazeres mundanos que nos destroem.

Parce que je plairais moins avec des préoccupations qui, par leur supériorité même, sont antipathiques et incompréhensibles aux personnes qui vivent dans le monde, répondit Violante. Mais je m'ennuie, mon bon Augustin.
Il vint la voir, lui expliqua pourquoi elle s'ennuyait:
 - Votre goût pour la musique, pour la réflexion, pour la charité, pour la solitude, pour la campagne, ne s’exerce plus. Le succès vous occupe, le plaisir vous retient. Mais on ne trouve le bonheur qu'à faire ce qu’on aime avec les tendances profondes de son amie.
 - Comment le sais-tu, toi qui n'as pas vécu? dit Violante.
 - J’ai pensé et c'est tout vivre, dit Augustin. Mais j'espère que bientôt vous serez prise du dégoût de cette vie insipide.

No conto que dá o título a esta pequena colectânea, Honoré, um homem com uma amante que adora e idolatra, pergunta, numa festa, se alguma convidada seria uma conquista fácil; ao ouvir essa asserção sobre a sua amada, vive obcecado com a ideia de ela o trair com outros. Será uma verdade, ou será uma projecção (dado que ele próprio a procurava trair)? O ciúme de Honoré termina apenas com a sua vida.

Muito curto, mas muito bonito, muito bom. Fica a ideia de, um dia, com coragem e mais jeito para francês, ler o À La Recherche du Temps Perdu.

4.5/5

Podem comprar esta edição aqui, ou em português aqui.

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