Avançar para o conteúdo principal

The Hundred and One Dalmatians

Like many other much-loved humans, they believed that they owned their dogs, instead of realizing that their dogs owned them. Pongo and Missis found this touching and amusing and let their pets think it was true.


Há todo um conceito que é comfort books. Tal como comida e filmes, livros que nos fazem sentir confortáveis e bem. Vejo frequentemente classificados nessa categoria o Pride and Prejudice ou o Harry Potter. Nunca encontrei nada que preenchesse esse buraco na minha estante emocional, mas acho que este livro é um óptimo candidato.

Este livro é adorável, absolutamente adorável. Dei-lhe prioridade por a minha box ameaçar apagar o 101 Dálmatas da Disney que tenho por ver, e desde logo encontrei algumas diferenças na história da qual ainda me recordo: a primeira é a personagem da dálmata Perdita; a segunda, a vilã Cruella, que no livro é descrita como jovem, excêntrica e elegante.

Já li alguns clássicos para crianças, incluindo alguns que a Disney posteriormente adaptou, mas não consigo lembrar-me de nenhum tão mágico e reconfortante quanto este.

Segundo percebo, não é difícil encontrar uma edição ilustrada. A minha foi ilustrada por David Roberts:


Dogs can never speak the language of humans, and humans can never speak the language of dogs. But many dogs can understand almost every word humans say, while humans seldom learn to recognize more than half a dozen barks, if that.

Quando a ninhada de Missis e Pongo é raptada por Cruella de Vil, que deseja e pretende ter um casaco de pele de dálmata, os dois cães viajam de Londres para Suffolk no rasto da sua família. No caminho, encontram vários amigos caninos, sendo, pessoalmente, de destacar, um Spaniel velhinho e o seu pet Sir Charles, que pensa que os dálmatas são os fantasmas dos seus amigos de infância.

O casal encontra os seus filhos, juntamente com muitos outros cachorrinhos dálmatas, no Hell Hall, a casa da família de Vil. Conseguirão regressar sãos e salvos a casa?

O livro é escrito num estilo confortável, quase como uma conversa, e é fácil e agradável de ler e seguir, mas é ao mesmo tempo uma aventura brilhante, com cães como protagonistas a tentar combater o mal personificado no casal de Vil, sendo Cruella uma das mais memoráveis vilãs da literatura infantil.

Uma das críticas possíveis é algum racismo numa cena com ciganos e diria mesmo sexismo - Missis é uma cadela um pouco tonta (como na citação abaixo, que quem me conhece sabe que é algo com que me identifico), e alguns estereótipos de género são muito marcados. Por outro lado, este livro foi publicado há sessenta anos e Cruella fez o seu marido adoptar o seu apelido.

"I'm not very good at right and left," said Missis, "especially left."
The Spaniel smiled, then looked at her paws. "This will help you," he said. "That paw with the pretty spot -- that is your right paw."
"Then which is my left paw?"
"Why, the other paw, of course."
"Back or front?" asked Missis.
"Just forget your back paws."
Missis was puzzled. Could she forget her back paws? And if she could, would it be safe? 
(...)
Just before they reached the kitchen garden, Missis said, "Pongo, do dogs have spots on their right paws or on their left paws?"
"That depends on the dog," said Pongo.
Missis shook her head. "It's hopeless," she thought. "How can I depend on a thing that depends?"
(...)
The Spaniel noticed her dazed look and said playfully, "Now which is your right paw?"
"One of the front ones," said Missis brightly."

5/5, livro maravilhoso

Podem comprar esta edição aqui.

Comentários

  1. Tão lindo! Fiquei cheia de vontade de o ler :)

    Beijinhos, Carolina

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. é mesmo um livro muito confortável, muito agradável de ler, recomendo :)

      Eliminar
  2. Tão lindo! Fiquei cheia de vontade de o ler :)

    Beijinhos, Carolina

    ResponderEliminar

Enviar um comentário