Disclaimer: este blog deverá sofrer com o facto de eu ter arranjado um emprego que envolve algo mais do que picar o ponto, fazer todo o pouco trabalho que aparece e tirar fotocópias para terceiros.
Enquanto não chega a próxima review, ficam algumas considerações.
Todos sabemos que eu preciso de parar de comprar livros, eu acima de todos sei perfeitamente, mas não consigo resistir a bundles da Amazon embora me tenha de questionar sempre se o Marketplace apoia directamente a Amazon, que gostaria de boicotar por razões várias (desde o bullying sobre o Goodreads ao facto de no dia do meu 24º aniversário me terem enviado um e-mail a dizer que os portes grátis para Portugal tinham acabado).
Um dos meus objectivos, de anos e anos e anos, é ler mais livros escritos por mulheres. Mulheres foram excluídas da arte, da literatura, e tiveram um acesso muito mais difícil, escrevendo frequentemente sob pseudónimos masculinos.
Em 2014 houve uma espécie de movimento que tal como tudo o que envolve hashtags não apanhei muito bem, o #readingwomen2014. Embora me tenha encorajado a comprar, na altura, mais livros escritos por mulheres (alguns dos quais ainda tenho por ler), a verdade é que o meu 2014 não foi um ano particularmente dedicado a leituras de autoria feminina. Ficam aqui dois interessantes artigos do The Guardian sobre a questão hashtag. Num projecto que demorará horrores de tempo, estou a tentar catalogar no Goodreads os livros como "by men" e "by women" e, longe de ir a meio, a disparidade é visível.
Em 2014 houve uma espécie de movimento que tal como tudo o que envolve hashtags não apanhei muito bem, o #readingwomen2014. Embora me tenha encorajado a comprar, na altura, mais livros escritos por mulheres (alguns dos quais ainda tenho por ler), a verdade é que o meu 2014 não foi um ano particularmente dedicado a leituras de autoria feminina. Ficam aqui dois interessantes artigos do The Guardian sobre a questão hashtag. Num projecto que demorará horrores de tempo, estou a tentar catalogar no Goodreads os livros como "by men" e "by women" e, longe de ir a meio, a disparidade é visível.
Será que há algo a retirar do facto de aquela que é possivelmente a escritora com mais sucesso da actualidade ter escrito a sua obra mais conhecida sob um nome gender neutral e ter tentado publicar posteriormente sob um pseudónimo masculino?
Das três autoras cujos livros aparecem na foto, li apenas uma, Dodie Smith, de quem comprei também aquela que é, de forma indirecta, a sua obra mais conhecida. Sobre Chimamanda estou curiosa há alguns anos, e sobre a trilogia de Edna O'Brien idem. Também um livro biográfico sobre as irmãs Mitford, cujos livros quero muito ler um dia, mas cuja vida familiar me apela.
Outras autoras que quero ler, ou de quem quero ler mais, incluem Zadie Smith, Shirley Jackson, Daphne du Maurier, Edith Wharton, Jean Rhys, Elizabeth Taylor, Alice Munro, Dorothy Allison, Iris Murdoch, Dorothy Parker, Lorrie Moore, Lydia Davis, Joyce Carol Oates. Não faltam escritoras, falta exposição. Falta publicar menos livros em capas floridas e vendê-los dentro de saquinhos de gaze em tons pastel.
No topo, e emprestado pela Sara, um livro não escrito por uma mulher, mas sobre misoginia num dos que é considerado dos melhores autores portugueses. Porque a arte, nas suas variadas formas, também exclui as mulheres.
Outras autoras que quero ler, ou de quem quero ler mais, incluem Zadie Smith, Shirley Jackson, Daphne du Maurier, Edith Wharton, Jean Rhys, Elizabeth Taylor, Alice Munro, Dorothy Allison, Iris Murdoch, Dorothy Parker, Lorrie Moore, Lydia Davis, Joyce Carol Oates. Não faltam escritoras, falta exposição. Falta publicar menos livros em capas floridas e vendê-los dentro de saquinhos de gaze em tons pastel.
No topo, e emprestado pela Sara, um livro não escrito por uma mulher, mas sobre misoginia num dos que é considerado dos melhores autores portugueses. Porque a arte, nas suas variadas formas, também exclui as mulheres.
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