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Fathers and Sons

Este livro foi-me emprestado, sendo esta a principal razão para ter sido prioritário dentro da lista - ao contrário dos outros (...e de outros *cough*), não me sentiria confortável se o mantivesse três anos na estante por ler.


Fathers and Sons é um livro curto mas complexo: um bom retrato da clivagem ideológica que se vivia na Rússia na altura em que foi escrito (o início das mudanças que levaram à revolução russa cerca de 70 anos após a sua publicação), espelhado numa clivagem geracional, enquanto dois jovens com ideias revolucionárias visitam a família um do outro e participam da sociedade rural e crescem (e divergem, apesar da idolatria de Arkady por Bazarov). Romance incluído.

Por outras palavras, é um livro sobre um tipo que leva o amigo da faculdade a passar férias lá em casa e o amigo acha por bem começar a discutir com o tio do seu anfitrião:

"A pride almost Satanic in its nature, and then banter! And thus you would seek to attract our youth, thus you would attempt to win the inexperienced hearts of our boys! For sitting beside you is one of those very- boys, and he is absolutely worshipping you!" (Upon this Arkady knit his brows, and averted his head a little.) "Yes, the canker has spread far already. For instance, they tell me that in Rome our artists decline to enter the Vatican, and look upon Raphael as next-door to a fool, just because he is an 'authority'! Yet those very artists are themselves so barren and impotent that their fancy cannot rise above 'Girls at Fountains,' and so forth, villainously executed! And such artists you account fine fellows, I presume?"
"Like those artists," said Bazarov," I consider Raphael to be worth not a copper groat. And as for the artists themselves, I appraise them at about a similar sum."
"Bravo, bravo!" cried Paul Petrovitch. "Listen, O Arkady — listen to the way in which the young men of the present day ought to express themselves! Surely our youth will now rally to your side? For once upon a time they had to go to school, since they did not like to be taken for dunces, and therefore worked at their studies; but now they have but to say: 'Everything in the world is rubbish,' and, behold! the trick is done. They consider that delightful — and naturally! In other words, the blockheads of former days are become the Nihilists of the present."

4/5

Podem comprar uma nova edição aqui ou em português aqui.

Comentários

  1. Olá, Bárbara.
    Vim espreitar a tua opinião e fico muito satisfeita por constatar que partilhamos a mesma escolha de livros. Embora em desvantagem, por teres lido tudo primeiro do que eu, continuo a apostar na leitura de clássicos e espero vir a ler um livro que ainda não tenhas lido:).
    Este livro foi uma estreia no que a este autor diz respeito e posso dizer que o Bazárov é uma personagem que nunca vou esquecer. Revolucionário ou não, gosto de livros assim.
    Já te contei que o Crime e Castigo é, e continua a ser, o meu favorito?
    Beijinhos.
    Edite

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    Respostas
    1. Edite :) este também foi o meu primeiro (e, até agora, único!) encontro com este autor. Os russos são maravilhosos - até agora, o meu favorito é o The Master and Margarita, do Bulgakov, mas também tenho muito apreço pelo Nabokov. Do Dostoevsky, já tendo lido Crime e Castigo (inesquecível Raskolnikov) e o Notas do Subsolo, tenho dois para ler, na estante: os Karamazov e o Idiota.
      (é engraçado ver este meu primeiro post... foi há tanto tempo!)

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