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12 Years a Slave

Às vezes passamos semanas inteiras a ajudar outras pessoas a fazer o seu trabalho, a fazer o trabalho de outras pessoas, a estudar para arranjar um trabalho melhor, a explicar a pessoas sobre o que é que o seu trabalho é. E as reviews ficam por fazer.


Sem ter ainda visto o filme (está gravado na box), e sabendo que era uma história real, confesso que não sabia ao certo o que esperar. Solomon Northup era um homem negro livre, cidadão do estado de New York, nuns Estados Unidos em que o Sul ainda era esclavagista e o Norte já não. Foi enganado a pensar que lhe iam dar um trabalho como violinista, foi raptado (assim, quem o vendia posteriormente tinha lucro total, pois não o tinha de ter comprado a ninguém), e ficou doze anos maioritariamente sob a posse de "donos" muitas vezes terríveis, sem ver a sua família e sem a poder contactar.

Eu não sabia que houvera essa dualidade, em que negros podiam ser cidadãos livres em certos pontos do país, e que havia esses raptos (que, no fundo, ainda existem - mas agora, em vez de negócio, é considerado tráfico humano).

Posso ter tido uma semana exaustiva, mas quando a minha chefe gritou comigo eu pude gritar de volta sem temer consequências; todo o muito trabalho que fiz foi por opção; tenho a oportunidade de pensar em, e tentar ter, oportunidades melhores, e não na fome que passo e na injustiça que estou a viver.

O único motivo pelo qual este livro não leva um 5 é porque há descrições demasiado extensas de modos de plantação de algodão e cana de açúcar - o que por um lado percebo, pois mostra o trabalho a que os escravos eram submetidos, as longas jornadas de trabalho, mas por outro lado é apenas muito maçudo.

4,5/5 o Men Without Women fica para amanhã

Podem comprar esta edição aqui, ou em português aqui.

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