Avançar para o conteúdo principal

Librairie Delamain

Apesar de já ter ido ao Palais Royal, foi apenas quase dois meses depois que descobri a Librairie Delamain, do outro lado da rua.


E o pior é que, apesar das obras do edifício, como podem ver pelas fotos, até era bem visível.

A Librairie Delamain é uma instituição - é a livraria mais antiga de Paris, fundada em 1700. Este facto levou-me a tentar perceber o porquê de não ser considerada mais antiga que a Bertrand do Chiado (que data de 1732), e creio que isto se deve ao facto da sua mudança de localização. De facto, a livraria "só" se encontra na rue St. Honoré desde 1906 - outrora, estava nas arcadas da Comédie Française.

 

Afirma-se como "uma livraria à antiga" (une librairie à l'ancienne), apesar de ter sido comprada pela Gallimard nos anos 80 - como, mais recentemente, a LeYa comprou a Buchholz e a Barata, suponho. Vende livros novos e livros usados, tem estantes altas e escadotes para ajudar. É acolhedora (como uma FNAC, por exemplo, não é), é uma livraria de sonho.

 

Estando a oferta cuidadosamente dividida - young adult, não-ficção, policiais, literatura geograficamente dividida, literatura em inglês numa prateleira mais abaixo (mas, ainda assim, visível) e até mesmo catálogos de exposições de arte -, dirigi-me, pois claro, à literatura francesa, letra D, de Dumas - a minha última compra planeada era Le Comte de Monte-Cristo. Por terras francesas, é hábito comum editar livros maiores em vários volumes (embora, ao contrário de Portugal, cada volume custe 8€, e não 15-20€); encontrei o Tome 1, e pedi ajuda para encontrar o Tome 2, que, infelizmente, não estava disponível. Mas j'aurai beaucoup du temps pour trouver le 2ème, disse eu à muito prestável funcionária, que se ajoelhou e tirou livros em busca do segundo (que não havia, portanto comprei na FNAC mais tarde, no mesmo dia, mas isso não arruína a foto em que apresento os dois - certo?).

 

Outra livraria favorita, sem dúvida. Ambiente incrível, funcionários prestáveis... e a localização única, entre o Louvre e o Palais Royal.

Comentários

  1. Ai, as livrarias, sejam de cá ou de outro país qualquer... que deliciosa tentação são, sobretudo essas ainda não contaminadas pela "impessoalidade" dos tempos mais modernos! ADOREI e se um dia destes voar até Paris, vou de certeza procurá-la!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Muito obrigada :D vivi dois meses em Paris em trabalho e se há coisa que adorei foi o sem-número de livrarias independentes, não contaminadas :) lindíssimas, todas!

      Eliminar
  2. Gostei muito do post, é uma sensação tão diferente e tão boa estar numa livraria acolhedora, nem é preciso dizer mais nada

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É verdade, e Paris ainda tem umas quantas :p gostei muito de visitar a l'écume des pages contigo!

      Eliminar

Enviar um comentário