O fim de Descender - mas não o fim desta história.
O último volume da space opera traz-nos um fim a esta história, ao mesmo tempo que abre novas possibilidades dentro do mesmo universo. São seis volumes cheios de surpresas e reviravoltas que não arrastam demais. É, mais uma vez, difícil falar da narrativa sem entrar pelo campo dos spoilers, mas irei, novamente, tentar.
Neste último volume, temos explicações surpreendentes sobre quem são as Máquinas, as suas origens - e mesmo a origem dos humanos. Quem terá criado quem? Assim, percebemos por que motivos as Máquinas atacaram todos, e chegamos ao confronto final entre os humanos e as Máquinas - os Descenders, que ocorre mais por palavras do que por acção. Também compreendemos o papel de Tim-21 nos eventos, e a sua importância - e a sua relação com Tesla tem um momento muito emotivo.
O final tem proporções épicas, mas é triste.
A arte de aguarelas de Dustin Nguyen está especialmente fabulosa neste volume. As cores estão maravilhosas. É, em geral, o ponto alto da série, mas neste livro destaca-se mais ainda.
Admito desde já: o final de Descender foi algo abrupto e houve, assim, partes que não adorei. Houve imenso build up e depois o final simplesmente acontece. Mas o fim fez algo muito, muito bem: dá vontade de continuar e explorar Ascender, a série que ocorre dez anos após os eventos da Guerra das Máquinas. Porque não pode, simplesmente, acabar assim... é parte de uma história maior.
4/5
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