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Stray Dogs

A cadelinha Sophie não sabe o porquê de estar numa casa cheia de outros cães.



Fazendo juz à fraca memória dos cães, não só não se recorda de como lá chegou, como também não se recorda da sua dona, até ao momento em que, sem querer, cheira um lenço que lhe pertencera, o que espoleta uma memória. Agora, cabe à pequena Sophie convencer os outros cães de que há algo de que se esqueceram - de que o seu amado dono pode não ser exactamente quem eles pensavam. E o que podem estes cães fazer sobre o assunto?

Não costumo ler muitas obras de terror - prosa ou novela gráfica -, mas parece ser algo de que gosto sempre. Stray Dogs é uma leitura aterradora e desconfortável, que entrega muito mais do que eu esperava numa história sobre cães. A história tem um ritmo sólido, várias surpresas e nunca se torna aborrecida. O que se passa nas divisões da casa em que não é permitido aos cães entrar? O que está enterrado no quintal?

 


Tal como Sophie, outros cães têm vagas memórias de terem tido outros donos no passado. Terão sido readoptados? Lembro-me quando adoptei a minha Castanha, adulta, com um passado, e a veterinária nos disse que ela tinha decerto gostado do seu dono anterior. Foi uma ideia que me acompanhou ao longo desta leitura.

Como quaisquer outros animais em desenhos animados, os vários cães falam uns com os outros, mas não são compreendidos por humanos. Os vários cães estão em vários estádios de compreensão sobre o seu contexto, oscilando entre a negação, o pânico ou a acção.

Os artistas de Stray Dogs - Tony Fleecs e Trish Forstner - são conhecidos pelo seu trabalho em My Little Pony (com as ilustrações recentes das quais não gosto, porque sou purista dos póneis), e as ilustrações aqui têm a mesma magia infantil de animação tradicional, mas que não se reflete no conteúdo do texto. Nunca é gráfico, mas é macabro e triste.

5/5

Podem comprar esta edição na wook; não se encontra traduzido para português.


Comentários

  1. Está com tão bom aspecto a Castanha! Oh e olhinhos de "eu por ti faço tudo, até de apoio para livros". A minha levantar-se-ia logo, toda stressada!
    Paula

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    Respostas
    1. A Castanha já está velhinha e nunca foi de se queixar muito, coitada :)

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