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2021 | Dezembro

O resumo de um mês em que me afastei de redes sociais e, parcialmente, também do blog (mas vejam os posts da semana passada!!).




Comprados & Recebidos

O Natal é uma altura intensa para muita gente; não recebi nem quero receber para lá de uma dúzia de livros, no entanto, nem ceder a impulsos capitalistas absurdos para encher uma estante que... aliás, já está cheia e não tem mesmo espaço para mais.

Ainda assim, deram entrada, neste mês, alguns livros: Anne of Green Gables, de LM Montgomery, numa edição linda, que lerei a par com a versão novela gráfica que cá mora há uns meses; Los Pazos de Ulloa, de Emilia Pardo Bazán, que alguém um dia ainda me irá explicar como raio não está disponível em português; Inadaptados, de Micaela Coel, curta não-ficção; Cats of the Louvre, mangá de Taiyō Matsumoto que junta duas coisas que muito me agradam (o Louvre e Gatos); e Les caves du Vatican, de André Gide.


Lidos

O mês até ia com embalo nas leituras, mas (e na ausência de férias, feriados portugueses ou dias gentilmente cedidos pelas festividades) decidi começar Red Comet, de Heather Clark (que está a ser maravilhoso, não surpreendentemente), e era desde logo óbvio que só o acabaria em 2022. Ainda assim, li: Pétalas, de Gustavo Borges e Cris Peter; Satyricon, de Petrónio; Picnic at Hanging Rock, de Joan Linday (outro criminosamente indisponível em português); As Inseparáveis, de Simone de Beauvoir; e My Name Is Lucy Barton, de Elizabeth Strout.


Ler os Clássicos

Foram lidos, em Dezembro, além do meu Satyricon:
Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente
Meditações, de Marco Aurélio
Canções de Inocência e Experiência, de William Blake,
e acho que é tudo. No ano passado fiz um apanhado das várias leituras ao longo do ano; este ano, em grande parte pela muito menor adesão, não me apetece. Também não repetirei o desafio para 2022 - a vida é demasiado curta para "leituras obrigatórias".

Eu continuarei a ler clássicos/o que me apetecer, claro está. Não que não me tivesse apetecido ler os livros que fui lendo; afinal de contas, moravam já na estante e aguardavam apenas a sua oportunidade. Mas isto de "ler apenas o que me apetece" não é rocket science e consiste literalmente nisso: ler o que me apetecer, quando me apetecer, em vez de encaixar determinado livro aqui ou ali por graça de desafios. O que sempre fiz, portanto.


Espécie de resumo de 2021

Ao longo do ano li 71 livros (73 se contarmos que li 2/4 do quarteto The Giver, de Lois Lowry, não conto o Red Comet porque ainda vou a meio). Destes 71:
 - 15 mangá/novelas gráficas
 - 31 livros escritos por homens
 - 37 livros escritos por mulheres
 - 2 livros escrito por um anónimo
 - 1 livro escrito por uma pessoa não-binária
 - 6 livros de não-ficção
 - 4 livros de poesia
 - 14 ebooks



Comentários

  1. Ai que começámos o ano muito marxistas! :D Comprar livros não é capitalismo, é: apoiar o pequeno comércio independente, apoiar a cultura, apoiar os autores, fazer circular obras que outros já não querem e para as quais morreram arvorezinhas. A menos que sejam comprados na Amazon. Amazon is evil, portanto, capitalismo. Ah ah!
    Então, as senhoras superaram os senhores em número? Clap clap!
    Eu também vou continuar a ler clássicos, sobretudo modernos, até porque geralmente são os livros que me trazem mais prazer face aos conteporâneos que são cada vez mais chiclete.
    Gostei muito de conhecer a fabulosa Emilia Pardo com os Contos Bravios, mas Passos de Ulloa em PT, de facto, só para quem encontrar em segunda-mão ou na biblioteca. Ainda estou com esperança do primeiro caso.
    Vá, não desapareças daqui!
    Paula

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    Respostas
    1. na minha família, nunca fomos de grandes e/ou numerosas prendas de natal :) aqui não há 20 livros de prenda! houve dois. mas concordo em absoluto com apoiar o comércio independente! tenho é mesmo, mesmo, demasiados livros para ler e começa a perder o sentido para mim adquirir mais, até porque o espaço não só não abunda, como deixou de existir :D
      superaram, parece! mesmo que os anónimos tenham sido homens (que é altamente provável).
      sinto isso dos contemporâneos - até porque parece que se publica mesmo muita coisa e há por aí mesmo muita coisa. se calhar daqui a uns anos alguns deles desaparecem de circulação :)
      sim, uma vergonha. ainda não a conheço, mas irei conhecer com os paços!
      não desapareço :) ando é cansada da internet!

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