Em minha defesa, voltei à Feira porque a minha mãe tinha-me pedido que lhe comprasse um livro específico.
Começo por dizer que não encontrei o livro que a minha mãe queria: estaria supostamente na tenda dos pequenos editores, que achei giríssima e cujo espaço tive de debater com um cão que abanava a cauda, mas o livro não estava lá.
Depois do insucesso, dei uma voltinha rápida tipo missão de reconhecimento no canto que me ficou por ver na ida anterior: o "canto inferior esquerdo", que é como quem diz a parte da Porto Editora/Bertrand, Babel, FNAC, etc, à qual ainda quero voltar em espírito de Hora H, e de despedida de aquisição de livros durante quiçá um ano (até à próxima Feira - gosto de me abrir a excepção de "comprar livros em viagem", mas assim de repente só tenho uma viagem marcada, e alguém conhece autores holandeses que me recomende?).
Na Babel, rondei um livro que queria especificamente comprar: o Armários Vazios, da Maria Judite de Carvalho, autora sobre a qual já escrevi neste blog, aparentemente praticamente desconhecida, e cujas obras me apelam muitíssimo. Rondei um bocado, vi o preço de feira, perguntei como funcionava a Hora H da Babel (apenas nos livros com uma etiqueta laranja redonda, tipo saldos da Perfumes & Companhia), vi que o meu livro eleito não estava contemplado e cedi. E estou ansiosa por o ler!
A FNAC é agora a única banca com livros em estrangeiro, porque o El Corte Inglés, que tanto elogiei no ano passado, este ano pelos vistos não quis ter banca. Soltei uma pequena lágrima de tristeza, porque queria muito comprar o Rayuela do Cortázar e o Travesuras de la Niña Mala do Vargas Llosa, mas choro também de alívio porque é dinheiro que me fica no bolso e que quiçá tenha de ser direccionado para uma septoplastia. Conforme já me tinha sido dito por várias fontes (que é como quem diz, a Pam - com quem costumo falar sobre livros via Facebook do blog - e a Rita), estavam em promoção na banca da FNAC vários livros da Macmillan Collector's Library, aqueles livros lindos de capa dura e tamanho de bolso com capas azul clarinho e páginas douradas. O meu companheiro tinha comprado o Pinocchio na coacção da Livraria Lello sobre a qual escrevi aqui; eu sempre que via os livros na FNAC suspirava um bocado porque já tinha todos noutra edição. Atenção: eu tenho realmente muitos livros, mas aquele link tem várias edições que nunca vi em Portugal. E acabei por comprar o Anna Karenina, porque toda a gente anda a ler ou já leu ou quer ler o Anna Karenina, e é legítimo porque foi livro do book club da Oprah em 2004 e tudo, e eu basicamente não tinha nenhuma edição e pronto, comprei.
Juro que a próxima ida será a última.
Juro que a próxima ida será a última.
Que mais livros havia desses de capa dura e tamanho de bolso com capas azul clarinho e páginas douradas? :p
ResponderEliminarHavia uns da Jane Austen e assim e não me lembro muito mais :$ mas a FNAC fica ao pé da Bertrand/Porto Editora onde quero ir amanhã if you know what I mean :p
EliminarSei sim xD
ResponderEliminarTenho imensa curiosidade no Anna Karerina!
ResponderEliminarE não fazia ideia que o El Corte Inglés tinha banca na Feira do Livro :o
Tenho de ver o que se passa. Nunca consigo comentar com o meu wordpress.
@sarangmyworld
Também tenho imensa curiosidade, Sara! E agora, tendo o livro, torna-se mais fácil matar essa curiosidade :)
EliminarTem sim! Este ano está não muito longe da Bertrand/Porto Editora. Raramente compro lá algo, mas estes livros são bem apelativos!
Qualquer desculpa é boa para se ir à Feira do Livro :)
ResponderEliminarBeijinhos e boas leituras
É verdade, é sempre um bonito passeio :) boas leituras, Isaura!
EliminarEste ano não passo em Lisboa no período da feira... mas nos últimos dias já encomendei mais de uma dúzia de livros.
ResponderEliminarO ano passado fui várias vezes à feira sempre em busca de uma dada obra, muitas vezes não a comprei, mas trazia montes de outras obras.
Anna Karénina é uma excelente obra, dá para perceber a ideia que preside à mentalidade e mensagem de Tolstói. Só leio livros em inglês de autores canadianos, meu país natal, pois a língua que domino bem é a de Camões.
É pena, Carlos! A Feira do Livro é excelente para comprar livros que não estavam planeados, mas mesmo sem Feira do Livro há sempre boas oportunidades de compras.
EliminarTerei de ler sem dúvida - de Tolstoy só li Guerra e Paz ("só") e "A Sonata a Kreutzer".
Engraçado! Li poucos canadianos - creio que apenas Margaret Atwood e Douglas Coupland.