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TAG | Calhamaços

De vez em quando rola a vontade de responder a uma TAG (daquelas que andavam a circular em 2017).


Esta é sobre calhamaços, vulgo, livros com muitas páginas. Aqueles que assustam.

Dado não haver uma definição oficial, meti a fasquia pelas 550.

  

1.      Maior livro da estante que já leu.
Sou aborrecida e a minha resposta é básica. War and Peace, de Leo Tolstoy, lido (terminado, vá) em Abril de 2012. A minha edição tem 1392 páginas.

2.       Maior livro da estante que não leu.
The New Penguin History of The World, de JM Roberts, com 1232 páginas.

3.       Calhamaço que tem medo de ler.
Ora então, o Vanity Fair, de William Makepeace Thackeray. 946 páginas. É enorme e a letra é tão pequenina... consta que é mega divertido, mas eu tenho escoliose e o livro está incólume na estante desde finais de 2013.

  

4.       Calhamaço que tem muita vontade para ler.
Les Misérables. Em francês. Ainda não comprei... em Paris só encontrava edições com o texto completo com uma capa alusiva ao filme mais recente. A edição de bolso da Gallimard tem 1344 páginas.

5.       Livro grande, capa bonita.
O livro de Antonia Fraser, Marie Antoinette: The Journey tem uma capa que acho parvamente bonita nos seus floreados franceses. 629 páginas.

6.       Livro grande, capa feia.
A minha edição do Gone with the Wind, da Margaret Mitchell, porque é um film tie in e eu odeio isso um bocado (como poderão ter percebido, duas respostas acima). No lado positivo, tem a Vivien Leigh na capa, e ela era muito bonita. Não gosto é do tipo de capa. 984 páginas.

  

7.       Calhamaço que tem vergonha por estar abandonado na estante.
Além do Vanity Fair? The Collected Stories, de Katherine Mansfield. Não vou dizer há quanto tempo ali está (é da mesma altura que o VF, vá), mas tem 663 páginas.

8.       Calhamaço que leu e não lembra quase nada, ou quer reler.
Que quero reler, porque é magistral: Of Human Bondage, do Somerset Maugham. 684 páginas maravilhosas.

9.       Último calhamaço que leu.
Quiçá se lembrem: foi o Moby Dick, do Herman Melville (A Piada Infinita está num hiato não-infinito, à espera de férias). A minha edição tem 544, o que não é enorme e até está abaixo da fasquia que eu própria coloquei, mas pareceu pior.

  

10.   Livro grande que leu muito rápido.
Li as 569 páginas de The Time Traveler's Wife, de Audrey Nifenegger em cerca de dois dias.

11.   Livro grande que leu devagar.
Além da baleia? A Feast for Crows é o pior livro do A Song of Ice and Fire, de George RR Martin, e demorei mais de um mês nas suas 856 páginas.

12.   Calhamaço que deixou uma saudade imensa.
Os diários da Sylvia Plath. Eternamente. 732 páginas.

  

13.   Calhamaço que te fez chorar.
Quase chorei por achar uma seca e estar à espera de melhor: Doutor Jivago, de Boris Pasternak. 606 páginas. Dramalhão desnecessário, na minha humilde opinião.

14.   Próximos calhamaços (a lista de futuras leituras)
Alguns espécimes da minha estante:
Le Comte de Monte-Cristo, de Alexandre Dumas (703 + 674)
A Piada Infinita, de David Foster Wallace (1200)
Anna Karenina, de Leo Tolstoy (1136)
The Good Soldier Švejk, de Jaroslav Hašek (752)
East of Eden, de John Steinbeck (714)
A B C de Castro Alves, de Jorge Amado (650)
The Wind-Up Bird Chronicle, de Haruki Murakami (609)
The Golden Notebook, de Doris Lessing (579)
The Old Curiosity Shop, de Charles Dickens (560)

Comentários

  1. "Tenho escoliose", muito bom! Eu também, e também é por isso que leio muitos livros ao mesmo tempo: algum há-de caber na mala sem acabar comigo!
    Ri-me de teres chorado pela seca que foi o Dr. Jivago. Também é a ideia que tenho dele, pelo que ouço dizer. Não gosto de capas de filmes, mas esse olhar da Vivien Leigh embeleza qualquer uma.
    O maior calhamaço que li foi o Quarteto de Alexandria, com 940, porque "que bonito, os quatro livros compilados!", só que não. Foi quando percebi que precisava de óculos de ver ao perto. Atualmente, estou a braços com o Purity do Jonathan Franzen, com 700, mas que vale cada parágrafo.
    Paula

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    Respostas
    1. É uma enorme, infeliz e dolorosa verdade! Tento guardar os maiores (vá, acima de 600 páginas... isso e edições portuguesas, que são maiores que as de bolso anglófonas) para períodos de maior disponibilidade.
      O Jivago foi terrível; telenovela, em mau. A Vivien Leigh era linda, e só isso perdoa aquela capa! :)
      Hahaha, também tenho essa dos livros compilados, e também já me arrependi! O meu calhamaço actual em hiato é o Infinite Jest, que só não continuei na altura por causa das dores nos ombros...

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  2. O que me ri com o "tenho escoliose" xD
    Pega-me nesse Anna Karénina - é bem mais fácil de ler do que parece.
    Dos que mencionas quero ler a bio da Marie Antoinette e o Of Human Bondage (talvez ainda este ano).
    Se calhar ainda te roubo esta tag.

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    1. Tenho sim :(
      Não tenho medo da dificuldade do Anna Karenina - é mesmo pelo peso que me apoquenta os ombros!
      Ambos os que mencionas são muito bons. Pequena ressalva - o da Marie Antoinette, na edição da Leya, tem cerca de metade das páginas. Não sei que edição foi aquela... lê em inglês.

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