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Jessica Jones, Vol. 3: O Regresso do Homem-Púrpura

Já preciso de mais Jessica Jones - comecei a ver a série na Netflix e tudo.


Este volume traz-nos a conclusão da segunda série de Jessica Jones por Brian Michael Bendis e Michael Gaydos. Como o título indica, assistimos ao regresso do Homem-Púrpura, Zebediah Killgrave, que arruinou a vida de Jessica Jones no passado, tendo-a feito desistir da sua breve carreira enquanto super-heroína. Este é o adeus de Bendis à personagem, e à Marvel, pelo que é adequado que haja este confronto final entre Jessica e o Homem-Púrpura.

Isto tinha de acontecer.

Jessica tenta proteger todos os que lhe são próximos, como Luke Cage, a filha de ambos, Dani, ou a sua melhor amiga Carol Danvers.

O confronto entre o Homem-Púrpura e Jessica é mais psicológico que físico, e funciona muito bem. As conversas entre ambos são longas e intensas, com diálogos perfeitos idealizados por Bendis. Apesar da "falta de acção", é extremamente satisfatório ver como Jessica procura cicatrizar as feridas que tem há tanto tempo, como resiste, apesar de haver momentos que conseguem mesmo ser aterradores.

 

Mesmo que sejam cenas de duas pessoas a falar numa padaria abandonada.

Porque é normal que Jessica esteja assustada; um vilão que tem o poder de controlar a mente - e que lho fez anos antes - é uma ideia aterradora. E Jessica tem demasiado medo de magoar mais pessoas, pelo que o tem de enfrentar sozinha.

Jessica Jones continua a ser relatable, fácil de gostar, de compreender, vulnerável e acessível. É uma personagem forte apesar de (ou por causa de, vá) tudo aquilo por que passou. Ela passou por coisas horríveis na sua vida, e sofre as consequências - houve um impacto. Está emocionalmente destruída, faz más escolhas, desilude-se a si própria e aos outros. E, apesar disso, resiste. O último issue deste volume é o derradeiro adeus do criador à sua personagem, tentando dar-lhe um "dia feliz", um caso que ela pode resolver sem deixar um sabor amargo, mostrando que nem tudo tem de ser doloroso para Jessica Jones. E gostei disso.

O volume está repleto de tons de roxo, o que é absolutamente adequado. Foi um bom fim, que ajudou a rematar a história para a personagem. Dá um fim, augura algo de bom (finalmente!) para Jessica. E, apesar de eu ficar triste com o fim da série (tão curta!), fico feliz. Acho que seria difícil um fim melhor que este: a importância do amor dos amigos, da família, e o quão longe Jessica vai para os preservar.

Agora: ver a série. Também hei de chegar à primeira série, Alias...

5/5

Podem comprar esta edição directamente à editora.

Comentários

  1. Quem diria, Ba a ficar viciada em super-heróis/super-heroínas! Não li nenhum dos livros mas o que vi da série abriu-me o apetite
    "Jessica tenta proteger todos os que lhe são próximos, como Luke Cage, a filha de ambos, Dani" :o nããããããão, ganda spoiler para a série :(
    Apreciei o post ainda assim, porque tenho vontade de ler os livros, é um diferente tipo de super-heroína, com quem nos conseguimos relacionar, mais humana, e, no que à série toca, a Krysten Ritter é aquela actriz que não desilude
    Quantos volumes a primeira série, a Alias, tem?

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    Respostas
    1. Oui :$
      Mas a série tem base no Alias, não nestes livros!
      Desculpa o spoiler :((( a filha já existe nestes livros...
      É verdade, não é? A Jessica não é "all powerful", tem uma vertente humana fortíssima, tem problemas que os seus poderes não conseguem resolver. Acho muito bom!
      O Alias tem quatro livros, e depois antes destes ainda há o Pulsar: http://www.gfloy.pt/catalogo/marvel/jessica-jones-pulsar-edicao-integral
      (cuja capa já dá o spoiler...)
      Ou seja, há muita Jessica para ler!

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