A gémea má está de volta!
Quando terminei este livro, adjectivei-o imediatamente de "intenso". Aparentemente, é o adjectivo que ando a dar a demasiadas das minhas leituras e episódios televisivos visionados cá por casa, mas juro que é intenso!
As trevas estão de facto a aproximar-se - bem como a família de Emmy, que espreita na sombra. Kammi regressa ao mundo dos vivos (despedimo-nos dela demasiado cedo, não foi?) e traz o seu próprio exército, mas Emmy tem aliados novos, incluindo Bernice, que aprendera alguns truques úteis com Lovey. Chegamos a um clímax em que cada personagem e as suas motivações fazem com que os eventos façam sentido.
As motivações de Emmy continuam a ser as correctas, embora a possam levar por caminhos errados; quão longe pode ela ir e continuar a ser considerada boa? Para Bernice, Emmy pode ter chegado a um ponto de não retorno, mas eu não estou, ainda, assim tão convencida; Cullen Bunn acaba por demonstrar, de modo eficaz, como a linha a atravessar pode ser ténue.
A violência e o terror conseguem aumentar neste volume, mostrando que ainda dava para ir mais longe, que havia espaço para mais. Assim, o lore de Harrow County consegue prender-se com aspectos emocionais para os quais não nos podíamos preparar, mas que funcionam precisamente pela ligação emocional que conseguimos desenvolver com as personagens ao longo da obra.
Não obstante ser o penúltimo volume, temos ainda muito desenvolvimento de personagens e do ambiente, sendo sempre surpreendente. Quem é uma assombração, quem não é? O desenlace não deixa de ser dramático, e há perdas no decorrer do volume. Aqui, as emoções fortes não se fazem só de terror.
E o final? Mais um cliffhanger.
Fica muito em aberto, muito para antecipar no último volume, cuja chegada já anseio. Esta foi a melhor descoberta do Festival de BD de Beja de 2019! O ambiente de Tyler Crook é único e inconfundível - bonito e expressivo, com a violência e as assombrações em cenários bucólicos.
Único aspecto que não apreciei: um tom de religiosidade que não havia sido mencionado antes. Achei estranho. Bruxas bíblicas?
5/5, ainda assim, porque foi intenso
As trevas estão de facto a aproximar-se - bem como a família de Emmy, que espreita na sombra. Kammi regressa ao mundo dos vivos (despedimo-nos dela demasiado cedo, não foi?) e traz o seu próprio exército, mas Emmy tem aliados novos, incluindo Bernice, que aprendera alguns truques úteis com Lovey. Chegamos a um clímax em que cada personagem e as suas motivações fazem com que os eventos façam sentido.
As motivações de Emmy continuam a ser as correctas, embora a possam levar por caminhos errados; quão longe pode ela ir e continuar a ser considerada boa? Para Bernice, Emmy pode ter chegado a um ponto de não retorno, mas eu não estou, ainda, assim tão convencida; Cullen Bunn acaba por demonstrar, de modo eficaz, como a linha a atravessar pode ser ténue.
Não obstante ser o penúltimo volume, temos ainda muito desenvolvimento de personagens e do ambiente, sendo sempre surpreendente. Quem é uma assombração, quem não é? O desenlace não deixa de ser dramático, e há perdas no decorrer do volume. Aqui, as emoções fortes não se fazem só de terror.
E o final? Mais um cliffhanger.
Fica muito em aberto, muito para antecipar no último volume, cuja chegada já anseio. Esta foi a melhor descoberta do Festival de BD de Beja de 2019! O ambiente de Tyler Crook é único e inconfundível - bonito e expressivo, com a violência e as assombrações em cenários bucólicos.
Único aspecto que não apreciei: um tom de religiosidade que não havia sido mencionado antes. Achei estranho. Bruxas bíblicas?
5/5, ainda assim, porque foi intenso
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