Regressando a Sailor Moon!
Em primeiríssimo lugar, adoro como as capas dos volumes têm, cada um, sua Sailor Senshi. Em segundo lugar: este volume termina o primeiro arco, do Dark Kingdom, e dá início ao segundo, o Black Moon; no anime, cada um destes arcos correspondeu a uma temporada. Ou seja, a primeira temporada de Sailor Moon vê-se aqui resumida a uns 14 ou 15 capítulos.
A narrativa inicia logo com a chocante afirmação, por parte da Queen Beryl, que Endymion/o mascarado tinha realmente morrido, mas ela o tinha ressuscitado. Há muita morte nestes livros, e acaba por perder algum impacto porque não parece ter custos reais - o lado emocional é comprometido. Entretanto, Mercúrio envia o grupo para uma dimensão alternativa, onde se dá a batalha com a Queen Beryl.
Os eventos, o seu ritmo e o tom são francamente diferentes do anime. A Queen Beryl muda de aspecto e temos acesso a alguma da sua história anterior, parte da qual gostei muito. Conseguimos perceber as suas motivações para ter invocado Metalia e obter poder e faz tudo sentido. Agora, Beryl tenta deixar Metalia para trás, tentativa essa que não corre muito bem...
A Vénus é óptima, e quero muito ler Sailor V, mas tira muito do potencial destaque das outras. Após derrotar Beryl, desmaia... e é raptada pelo Evil Endymion? E a Sailor Moon vai atrás? O que é que ele ainda quer, sem a Beryl para o controlar? Aparentemente a sua motivação prende-se com o facto de ter parte do Ginzuishou (o lendário cristal prateado) ainda dentro dele. Luna avisa Sailor Moon que esta o deve retirar de modo a pará-lo, mas que isso resultará na morte dele.
O resultado é dramático. Sailor Moon decide sacrificar-se na esperança de renascer um dia, novamente, tal como o seu amado, num tempo diferente e sem impedimentos. É dramático e acho que compreendo o raciocínio, mas, no fundo, é um pouco como desistir.
Sailor Moon e Endymion/Mamoru estão agora presos dentro do cristal prateado, que Metalia decide absorver; o cenário está negro, e as Sailor Senshi regressam ao Japão para se reunir com os gatos e tentar traçar um plano. Luna está devastada com a presumível morte de Usagi, numa relação muito mais profunda que no anime.
Sailor Moon acorda, tendo sido salva por um símbolo do seu amor, no fundo. E, depois, salva o dia.
Sailor Moon e Endymion/Mamoru estão agora presos dentro do cristal prateado, que Metalia decide absorver; o cenário está negro, e as Sailor Senshi regressam ao Japão para se reunir com os gatos e tentar traçar um plano. Luna está devastada com a presumível morte de Usagi, numa relação muito mais profunda que no anime.
Sailor Moon acorda, tendo sido salva por um símbolo do seu amor, no fundo. E, depois, salva o dia.
Tudo está bem quando acaba bem, certo? Após tanto sacrifício (que não spoilei aqui, claro), com toda a gente viva (não obstante uma premonição menos feliz de Marte, uma lua negra em quarto crescente), Mamoru e Usagi felizes juntos! Até que...
Numa boa transição para o arco seguinte, surge a personagem da qual menos gosto em toda a série. Não se pode mesmo ter tudo. Mas gosto deste final, não obstante a Chibi-Usa. A arte de todo o arco é bonita, há muitas ideias boas (e algumas menos bem conseguidas), falta-lhe a grande construção de personagens que o anime conseguiu.
Vénus é incrível neste final do Dark Kingdom, e será sempre uma das minhas favoritas. É protectora e corajosa, e tenho pena que não use a espada posteriormente.
Esta transição para o segundo arco é idêntica ao que me recordo do anime - Chibi-Usa a exigir o cristal prateado, do nada, com uma assustadora arma de plástico. As semelhanças entre Chibi-Usa e Usagi são ainda maiores a preto e branco, sem as distinções de cores de cabelo.
Os vilões, especialmente Dimande (quando comparado com o anime), são rapidamente estabelecidos.
Talvez rápido demais? Sinto que o ritmo no mangá é por vezes demasiado acelerado, não dando lugar às dinâmicas a que o anime me habituou há uns 25 anos. Mas acho interessante sabermos desde logo qual o mal a enfrentar.
As Sailor Senshi recebem novos poderes, com novas canetas de transformação, sem grande alarido. Surgem inúmeros novos personagens (novamente, com alguma pressa aparente), possivelmente num esforço para criar ou desenvolver o mundo das Senshi. Marte/Rei, que anda numa escola diferente das outras, está a ser pressionada para se juntar a um clube. Gosto desta parte do livro em particular por se dedicar particularmente a Marte, falando da sua família, dos seus hobbies, e mostrando como a sua pertença às Sailor Senshi mudou um pouco a sua personalidade e a sua postura sempre madura.
Há muita conversa sobre OVNIs e é tudo um pouco bizarro; mas mais bizarro fica quando Rei vê uma freira com uma lua negra na testa... e a freira explode.
Há muita conversa sobre OVNIs e é tudo um pouco bizarro; mas mais bizarro fica quando Rei vê uma freira com uma lua negra na testa... e a freira explode.
Falar de combustão espontânea, quem nunca?
Após uma derrota demasiado fácil de um novo inimigo, Marte é raptada pelo lado negro das forças e Sailor Moon não sabe o que fazer (e eu, leitora que só viu o anime, não faço ideia do que vai acontecer, porque é mesmo muito diferente!).
Ami começa a falar sobre jogar xadrez; há largas conversas sobre invasões alienígenas, uma investigação na escola de Rei sobre a questão da freira explosiva, um garoto chamado Asanuma que é amigo de Makoto (Júpiter) a falar do seu mancrush no Mamoru, uma cena em que Ami descobre uma ruptura num cano, etc.
Após uma derrota demasiado fácil de um novo inimigo, Marte é raptada pelo lado negro das forças e Sailor Moon não sabe o que fazer (e eu, leitora que só viu o anime, não faço ideia do que vai acontecer, porque é mesmo muito diferente!).
Ami começa a falar sobre jogar xadrez; há largas conversas sobre invasões alienígenas, uma investigação na escola de Rei sobre a questão da freira explosiva, um garoto chamado Asanuma que é amigo de Makoto (Júpiter) a falar do seu mancrush no Mamoru, uma cena em que Ami descobre uma ruptura num cano, etc.
A conversa do jogo de xadrez tinha propósito (como poderíamos retirar do episódio), e rapidamente Berthier transforma-se e ataca. É a vez de Mercúrio ser raptada - mas não antes de Sailor Moon dar cabo de Berthier de forma demasiado rápida (e pouco explícita).
Portanto, nos próximos capítulos sentiremos a falta de Marte e de Mercúrio - é interessante, mas sinto falta de maior construção das personagens para se poder sentir realmente falta delas; por outro lado, na série, houve um único momento de rapto, por isso é diferente ler esta versão e ver os eventos a desenrolar-se um a um.
4,5/5
4,5/5
Parece acontecer muita coisa nesse livro!
ResponderEliminarGosto como dizes que queres muito ler Sailor V quando acabaste de ler o III, qual foi o teu volume favorito até agora?
"mas mais bizarro fica quando Rei vê uma freira com uma lua negra na testa... e a freira explode." muito bom
Quando voltas a jogar o rpg?
Que outras mangas gostavas de ler?
Porquê o ódio a Chibi-Usa?
Acontece sim :o acaba uma história, começa outra, introduz-se uma nova personagem (da qual não gosto, exacto - ela é muito irritante no anime e não tenho paciência para ela).
EliminarO meu volume preferido pode ter sido o primeiro porque introduz as personagens até agora e tem um enorme valor de nostalgia, mas estou a gostar muito de tudo! Reconheço que muito do que pode "deixar a desejar" se prende com o facto de ter visto e adorado tanto o anime, que extrapola muito deste material base.
Sim :p
O RPG... quando acabar o italiano, quando tiver férias grandes? Não sei, mas é um jogo excelente e tenho saudades.
E outra excelente questão :p gostava de ler todas as que temos em casa, desde os Guardiões do Louvre ao Pokémon, e decerto haverá outras coisas que gostaria de ler. O Samurai X, por exemplo, vem à cabeça, mas acredito que, se explorar, descobrirei coisas que não tiveram anime (ou cujo anime nunca vi) e que me poderão interessar!