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2020 | Julho

Mês lento e demasiado quente.


Comprados & Recebidos

Mês mais entusiasmante que o mês de Junho (apesar da elevada categoria da compilação de poesia grega de Frederico Lourenço), pela quantidade de livros que cá chegaram: finalmente chegou a encomenda naquela mega promoção da Presença, onde comprei David Mourão-Ferreira e Fernanda Botelho. Nunca li nenhum dos dois, tenho curiosidade com ambos. Não sou fã do catálogo da Presença, confesso, mas não é todos os dias que se vê uma promoção de 60%... e acredito que ambos os livros estejam já a resvalar para o fundo do catálogo.

Dois livros de Ta-Nehisi Coates! Entre Mim e o Mundo, não-ficção, e A Dança da Água, o primeiro romance do autor. Já ouvi falar maravilhas de ambos. O João enviou-me alguns livros que tinha repetidos: O Vestido Cor-de-Fogo, de José Régio, e Vício, de Paulo José Miranda. Recebi Habibi como prenda de anos mega atrasada do melhor clube de leitura que não lê.

Entretanto, tenho para mim que os correios andam terríveis (mais não seja porque durante 11 dias o carteiro não passou cá); no final de Junho, encomendei The Complete Stories de Flannery O'Connor, uma edição lindíssima que tinha debaixo de olho há que tempos. Ainda não chegou. Verdade seja dita, ando algo agastada com os CTT...

Reparem: todos estes autores serão estreias para mim.


Lidos

Até considero que este mês foi produtivo. Li o meu clássico, Cry, the Beloved Country, a primeira das três novellas das Crónicas do Mal de Amor de Elena Ferrante (a minha estreia com a autora - Um Estranho Amor), que irei intercalar com outras leituras, li o volume de Poesia Grega do Francisco Lourenço e comecei Ada, de Nabokov.

Também li o Roughneck do Lemire (que ADOREI!) e comecei Habibi, na minha estreia com Craig Thompson (o Blankets aguarda na estante). Terminei de ler L'art et le chat, de Philippe Geluck, uma obra humorística incrível.


Ler os Clássicos


O desafio para Julho era ler um clássico africano ou asiático. Eu li Cry, the Beloved Country, de Alan Paton. O carácter do desafio foi, efectivamente, mais desafiante, e acho que estes tempos estão a ser difíceis para todos. Daí, as participações foram curtas - mas de elevada qualidade. Se me tiver esquecido de alguma obra/link, avisai.



A proposta para Agosto é um clássico do séc. XIX. Este para mim é engraçado porque eu já li uma imensidão de victorianos (nomeadamente, antes da concepção deste blog) - assim, vou ler um português, e elegi Uma Família Inglesa, do Júlio Dinis Podia aproveitar para retomar o Le rouge et le noir que abandonei há três anos, mas ainda não será desta. Algumas recomendações:

Great Expectations, de Charles Dickens (primeiro livro que li em inglês e que seria criminoso não mencionar)
Qualquer coisa do Oscar Wilde
Jane Austen em geral menos o Persuasion e o Mansfield Park
The Awakening, Kate Chopin
Wuthering Heights, de Emily Brontë
Wives and Daughters, Elizabeth Gaskell
Crime and Punishment, Fyodor Dostoevsky
Knut Hamsun em geral embora tenha lido pouco
War and Peace, Lev Tolstoy (olhem, fica o aviso - não achei maravilhoso e life-changing ao contrário de muita gente, mas se este for o ano de investir no calhamaço, força)
Dracula, de Bram Stoker
Little Women, de Louisa May Alcott
Os Três Mosqueteiros, Alexandre Dumas
Alice in Wonderland, do Lewis Carroll
Edgar Allan Poe em geral
Sherlock Holmes, de Arthur Conan Doyle
Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis


Outros

Lancei um podcast, para o caso de já não estarem fartos de mim. E mesmo que estejam, os protagonistas são sempre os convidados. Fica aqui o site oficial (do anchor.fm, vá), onde podem descobrir as inúmeras plataformas onde o podcast está disponível.

A Feira do Livro de Lisboa supostamente arranca no fim do mês. Eu ainda tenho as minhas dúvidas quanto à minha presença, mas, sentindo segurança para tal... vamos ver.

E tenho imensas leituras que queria fazer este mês - que, apesar de incluir férias lá para o final, é bastante curto. Quem mais tem planos absurdos do género terminar o Ada, ler a Família Inglesa para participar no meu próprio desafio (que vergonha seria se não o fizesse), ler o novo do Ta-Nehisi Coates, voltar à Ferrante, ler finalmente Isabel Ventura e ainda participar no Agosto ao Quadrado?

Comentários

  1. Eu adoro o Habibi. Foi com o Blankets do Craig Thompson que voltei à BD e romances gráficos.

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    1. Ainda vou muito no início (e o livro é grande), mas estou a adorar :)

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  2. Algo vai podre no reino dos CTT... Entre greves, pandemias e aproveitamentos da pandemia para quase não distribuir correio, acho que o carteiro passa na nossa zona uma vez por semana, o que não é nada terceiro-mundista. Se envio por Porto, leva dois dias; se enviam do Porto para cá, leva... 10!
    Tenho esse da Fernanda Botelho por ler e os livros do Craig Thompson para trazer da BLX, mas são gigantescos.
    Paula

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    1. Os CTT aqui estão horríveis, não estão?? Eu estou à espera de umas revistas de Itália desde sensivelmente a mesma altura que o livro da Flannery O'Connor. Pior: estou à espera do meu contrato de trabalho, que virá por CTT de Linda-a-Velha, há semana e meia...
      Verdade: são ambos muito grandes. O Blankets comprei por mega pechincha no Awesome Books há uns tempos e está impecável! :)

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  3. Estou curiosa com "A dança da água". Não sabia que o autor já tinha publicado não ficção.

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    1. Comecei A Dança da Água, embora tivesse curiosidade com o não-ficção há mais tempo :)

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  4. Olá Bárbara, agora por causa do post de Agosto é que me lembrei de vir espreitar o de Julho. Embora pequenino, também participei com o Sultana's Dream de Rokeya Sakhawat Hossain :)

    Entretanto, as minhas encomendas que devia ter chegado em julho, chegaram durante o mês de agosto. Os CTT não foram amigos este verão...

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    1. Fui já editar! Peço imensa desculpa, mas às vezes é-me muito difícil manter registo completo e actualizado das leituras... já das minhas é difícil, quanto mais das dos outros :D obrigada por acrescentares aqui nos comentários!

      As minhas, idem. O meu namorado encomendou umas revistas de Itália a 20 e muitos de Junho e chegaram há uma semana!! O meu da Flannery O'Connor chegou há duas semanas, juntamente com outros livros encomendados a meio de Julho. Acredito que os voos reduzidos também não ajudem quando se trata de encomendas do estrangeiro... o que vale é que uma pessoa também não tem pressa :)

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